21.9.11

Alívio

Hoje Oliver pela primeira vez está dormindo fora de casa, e Marido está viajando, então eu e Mathilde tivemos uma "noite das meninas" depois da escola e do trabalho. E foi uma delícia tão imensa, que no meio de tantas dúvidas em relação a tudo, sinto um enorme alívio de ver uma criatura tão especial vivendo sob o mesmo teto.


18.9.11

A cara-de-pau nos tempos de internet

Este não é um blogue muito popular. Tenho uns leitores fiéis, e outros tantos que chegam aqui por acaso, por links alheios ou buscas no Google. Minhas postagens são esporádicas, e o número de acessos é modesto. Quando bate 100 visitas num dia, é muito.

Pois bem. De uns tempos para cá, tenho recebido alguns emails de empresas que querem fazer o que chamam de "parcerias". Mas que funcionam assim: eu falo do produto/site/serviço no meu blogue, e pronto. Não tem, por assim dizer, nenhuma contrapartida para o lado de cá da parceria.

Isso decorre de uma febre das mídias sociais. Toda empresa agora acha que precisa ter uma presença forte nas mídias sociais, custe o que custar, e colocam os blogues no pacote. Mas a coisa é feita de forma desorganizada, nas coxas. A impressão que tenho é que alguém faz uma busca superficial no Google, escolhe uns blogues, e pronto.

Porque eu já recebi mensagens desse tipo de sites de turismo, como se meu blogue fosse sobre turismo. Ou como se fosse exclusivamente sobre livros, como este:

Olá, tudo bem?
Saudação genérica, que não se dá ao trabalho de citar meu nome ou o nome do blogue.
Trabalho para o Site Tal e, assim como o seu site o nosso foco é a literatura.
Oi? Desde quando meu foco é só literatura?
Segue nossos banners para que você ajude-nos a crescer nos divulgando em seu site. Você também pode encontrá-los na página "Imprensa" em nosso site.
"Segue nossos banners"?! Rapaz, para um site com foco em literatura, faltou um revisor.
Estamos abertos à sugestão de ideias e parcerias que agreguem valor ao Site Tal, nossos clientes e parceiros.
Fico à disposição.

Viram que genial? A pessoa manda um email genérico, com erro de concordância, mostra que nem sabe bem do que trata o blogue, pede para eu poluir meu blogue com banners, e não oferece absolutamente nada em troca. Acho que uma cara-de-pau sem tamanho. Imagino o que não sofrem os blogueiros realmente profissionais, aquela turma dos milhares de acessos diários.

Sei que existem muitos blogues focados em resenhas de livros. É bacana, muitos são de jovens e adolescentes, verdadeiros leitores compulsivos, que postam todo dia falando de lançamentos, comentando sobre os livros e fazendo resenhas. Eles têm uma infinidade de seguidores e cada post gera dezenas de comentários do tipo "Nossa, amei sua resenha!". Aí pintou a moda de fazer parcerias com as editoras - que mandam os livros para os blogueiros falarem a respeito deles nos seus blogues, ou para sortear entre os seguidores. Algumas editoras inclusive dão um prazo (!) para a pessoa escrever sobre o livro, se não, adeus parceria.

Tenho sentimentos contraditórios em relação a isso. Porque, se por um lado é legal esse incentivo de parte a parte (o blogueiro ganha o que mais gosta: livro; o editor consegue uma divulgação barata de seus lançamentos), por outro lado, fico me perguntando que legitimidade têm essas resenhas. Se a pessoa não gostar, vai falar mal do livro da editora parceira? Não sei não, acho que ainda está todo mundo muito perdido, sem querer perder um bonde que não sabe bem qual é, nessa história da melhor utilização da internet para vender o seu produto.





16.9.11

Cul de Sac, de Richard Thompson

A Frida Helê fez um post calvinista (e como vocês sabem, Calvin mora num lugar especial no meu coração), e aí me lembrei de comentar dos livros que tenho lido (leitura de banheiro) e gostado muito, e que vão no mesmo estilo: Cul de Sac. Tanto quanto sei, não foi publicado no Brasil.
Assim como Calvin, uma família típica americana, mas desta vez um casal e dois filhos, Alice (4 anos), que frequenta o jardim de infância, é mucho loca e tem amigos figuraças, e Pete (uns 7, por aí), que é cheio de frescuras e vive lendo revistinhas. É divertidíssimo.
Fica a dica: http://www.gocomics.com/culdesac


Tradução livre:
Pai: Minha vida se cruza com a da Alice apenas o suficiente para ser surreal.
Mãe: Hmm?
Alice: O papai está me dando nos nervos. Ele está sempre logo ali.
Pete: É porque nossa casa é muito pequena. Se ele tivesse um emprego melhor, poderíamos nos mudar para um lugar maior.

15.9.11

Desconto no IPTU 2012 - até 30/9 (apenas para cariocas)

Porque blogue também é serviço.

Para quem ainda não o fez, vale a pena se cadastrar no site notacarioca.rio.gov.br, onde estão registradas todas as notas fiscais eletrônicas emitidas contra o seu CPF entre março e agosto deste ano (escola, cursos, academia de ginástica, salão de beleza, depilação, honorários de profissionais liberais, médicos, dentistas etc.). Um percentual do ISS de cada nota pode ser usado como crédito para desconto do IPTU 2012 - mas a indicação do imóvel só pode ser feita até o final deste mês. Mais de uma pessoa pode indicar o mesmo imóvel para desconto. Eu consegui R$ 11,00. Não é nada, não é nada...

É claro que essa nota carioca é uma porcaria se comparada à nota paulista, que engloba comércio de mercadorias, e não apenas serviços, mas mesmo assim. Eu queria saber quando é que teremos, no Rio, um sistema como o da nota paulista, englobando comércio. Aliás e a propósito, mesmo quem não mora em São Paulo deve se cadastrar na nota paulista, principalmente se fizer compras pela internet. Quase todas as empresas de e-commerce têm sede no estado de São Paulo, então quem costuma comprar online tem sempre créditos - que podem ser utilizados de várias formas, inclusive crédito na sua conta corrente. Olha que prático.

14.9.11

Ah, a Bienal

Fui 3 vezes à Bienal que terminou no domingo. Não entendo como pode ser um sucesso tão grande de público, mesmo sendo tão longe (no RioCentro, nome que é uma piada pronta), mesmo tendo que pagar para estacionar e para entrar, mesmo os livros custando o mesmo (ou praticamente) que na livraria, mesmo as opções de comida sendo os horrores caríssimos de sempre, mesmo com as filas imensas para ir ao banheiro, comer cachorro quente ruim ou simplesmente para pagar uma compra no caixa do estande.
Mas o fato é que as pessoas vão, na casa das centenas de milhares, para curtir a Bienal, que é na verdade uma enorme livraria dividida em três pavilhões. E as pessoas gastam, e como gastam. Incrível como vão para lá com a disposição de comprar muitos livros e deixar um bom dinheiro. Fico me perguntando se leem todos os livros que compram.
Eu acho divertido, porque sempre encontro um monte de colegas do mercado editorial, fico sabendo das últimas fofocas, vejo que editoras afinal compraram os livros que nós deixamos de contratar (aqueles que a gente fica torcendo para ser um fracasso, já que não publicamos). E sempre tem os eventos com autores nossos, que é uma parte muito gostosa, conhecer os autores, conversar com eles etc.
Mas o mais legal é ficar no estande observando quem está comprando os livros que a gente se esforça para publicar. Porque nós, os operários do mercado editorial, vivemos num universo totalmente à parte do consumidor final, e a Bienal é uma rara oportunidade de observar o leitor em ação, exercendo sua escolha, comentando com o amigo, recomendando um livro etc.
Os leitores do Rio foram à Bienal? Compraram muito livro?

7.9.11

Liberdade, de Jonathan Franzen


Poucas vezes a frase "Don't believe the hype" me pareceu tão acurada. Eu deveria ter desconfiado quando vi, na capa, o selo dizendo "O livro do ano, e do século - The Guardian". Uma afirmação com esse grau de presunção deveria ter disparado alguns alarmes. Além disso, quando Liberdade saiu nos EUA, em 2010, o autor saiu na capa da revista Time, com o título "Great American Novelist". Hmm. Nos EUA o livro é um bestseller, recomendado até pela Oprah*. A crítica compara Franzen a Tolstói em sua capacidade de retratar a vida americana nesses tempos que correm. Estava armado o circo do hype literário.

Mas não fui uma simples vítima desse hype. O fato é que li e adorei seu livro anterior, As Correções, de 2001.  Assim como aconteceu com Milton Hatoum e Miguel Sousa Tavares, minha empolgação com um livro (Dois Irmãos do Hatoum, Equador do MST, As Correções do Franzen) me fez comprar o lançamento seguinte sem pestanejar -- apenas para amargar uma decepção daquelas.

E é em respeito a As Correções que eu não escrevo aqui que Liberdade é simplesmente uma bosta (e também porque não é muito fino escrever uma coisa dessas). Então vamos dizer apenas que é um livro ruim. Ou melhor ainda: que é um livro de que eu não gostei. Vamos ser ainda mais camaradas e dizer que tenho andado numa maré de falta de sorte com a ficção literária, já que também não gostei de 2666 do Roberto Bolaño. E pronto, chegamos àquele adorável clichê de final de namoro: o problema é comigo, não com o livro!

Ah, porra nenhuma. É uma porcaria mesmo. E vou explicar por quê.

Liberdade gira em torno da família Berglund (o casal Patty e Walter, e seus filhos Jessica e Joey), e tem outro personagem importante, Richard Katz, amigo de Walter e depois de Patty desde os tempos da faculdade. O início do livro não é tão ruim. É uma narrativa que parte das observações dos vizinhos sobre os Berglunds, e assim, com as esperadas doses de maledicência e fofocada que permeiam qualquer relação de vizinhança, ficamos sabendo dos podres da família, a partir desse olhar externo. Mas mesmo nesse começo eu já comecei a me aborrecer com um excesso de oh-como-sou-observador-astuto-da-contemporaneidade. 
Havia também questões mais contemporâneas, como, era mesmo o caso de usar fraldas de pano? O trabalho valia a pena? (...) Os escoteiros eram aceitáveis do ponto de visto politico? O trigo sarraceno era mesmo necessário? Onde reciclar pilhas? (...) O seu Volvo 240 às vezes não deixa de entrar em overdrive quando você aperta o botão de overdrive? (...) E o botão com a etiqueta enigmática no painel, que produzia uma clique sueco perfeito, mas dava a impressão de não estar ligado a nada: que diabo era aquilo? (p. 12-13)

Pois, é o que eu pergunto: que diabo é isso? Devo dar um riso constrangido com o canto da boca com essas questões? Era esse o objetivo? Porque se era, falhou espetacularmente, pois elas não me comunicam absolutamente nada. Noves fora eu não ter ideia do que seja um Volvo 240, o que não faz diferença, não acho em nada relevante para a contextualização da narrativa esse trecho, que é muito mais longo do que o citado acima.


Mas vá lá, seguimos na leitura, e essa parte inicial termina na página 36. Aí começa o declínio absoluto do livro, quando ele se torna impossível de salvar: A "Autobiografia de Patty Berglund", intitulada "Todo mundo erra", e escrita "(por sugestão de seu terapeuta)". São intermináveis 166 páginas em que ficamos conhecendo a infância de Patty, seu relacionamento distante com a mãe, o pai, e as irmãs, o infeliz início de sua vida sexual, sua carreira de atleta (jogadora de basquete), a estranha amizade com uma espécie de amiga sanguessuga (parte inverossímil, a bem da verdade, pois Patty podia ser ingênua, mas não era idiota), a aproximação de Richard e Walter, e as escolhas péssimas que ela vai fazendo ao longo da vida. Durante a Autobiografia, Patty se refere a si própria tanto como "Patty" como quanto "a autobiógrafa", mas o mais grave é que a voz do narrador (ou seja, de Patty) não difere significativamente nem do trecho que veio antes, nem do trecho que vem depois. É como se Patty e o narrador onisciente do resto do livro fossem a mesma coisa. Incompreensível.

E é chato, minha gente. É maçante. Veja, personagens desinteressantes, simplórios ou patéticos não são necessariamente tediosos. Mas aqui, sim. Nada me convence. A tensão sexual latente entre Patty e Richard, problematizada pelo fato de que ambos amam Walter, é banal. Quando consumada, as cenas são tediosas. E chovem os trechos "vou-fazer-frases-de-efeito". Como esse parágrafo:
Cortou as batatas em ângulos muito estranhos. Lembravam um quebra-cabeça geométrico. (p. 178)
Ai, caramba, quero meu dinheiro de volta! Este foi um parágrafo de 2 frases, mas no mais das vezes abundam os parágrafos de 50 linhas, os apostos entre colchetes que são uma frase só de 30 linhas. E, bem, esse tipo de coisa só presta se você for mesmo um gênio. Caso contrário, nem tente.

Walter é um personagem santo durante a maior parte do livro. Passivo, cordato, se contenta com as migalhas que Patty lhe reserva, parecendo sempre feliz por ter conseguido, ele, um nerd, casar com aquele mulherão. E quando Walter finalmente começa a dar uma virada, ela se inicia através de uma história de reservas florestais para salvar mariquitas azuis ameaçadas de extinção mas que na verdade não passava de um golpe para aquisição de áreas ricas em carvão porque as políticas de extração estavam prestes a mudar no Congresso, tudo decidido entre os figurões de Washington amigos de Dick Cheney e por aí vai. Mas meu Deus, ele se senta com Richard para explicar essa história e passa 25 páginas discorrendo sobre os detalhes! Aaah! 25 páginas de texto sobre essa merda! E não pense que o estilo é de thriller político-corporativo-jurídico-Crichton-Turow-Grisham. Quem dera, porque esses caras ao menos criam ganchos entre seus capítulos curtos, benditos sejam. Não. É tudo chato, porque o Walter é um cara super certinho e careta, portanto ele é chatinho também, é quase como se a gente lesse por pena.

E o Richard é um personagem que não fede nem cheira, um roqueiro que faz sucesso quando menos espera e quando já não deseja o sucesso, um comedor de mulheres como qualquer roqueiro estereotipado que se preze, que não tem remorsos (exceto quando se trata de Walter) e quer que tudo se foda mesmo. Mas é aquela coisa: de onde menos se espera, é dali que não sai nada mesmo. Não é Richard que salva o livro.

Dizem que tem uma parte sobre Joey que é das melhores, que ele é um dos personagens principais também. Acho que jamais saberei. Quando cheguei a um final de capítulo na página 251 e vi que ainda não estava nem na metade, desisti. Já estava mesmo pulando grandes trechos, já tinha dado gritos de impaciência com o livro, enfim, já deu o que tinha pra dar.

Mais que tudo, Liberdade me pareceu um livro sem ritmo. A narrativa é tão estanque, tão truncada, que me senti travada enquanto lia. Bons livros podem ser lentos ou velozes. Mas a ausência de qualquer ritmo, a falta de uma cadência, são fatais.

PS sobre a lamentável edição brasileira

Assim como As Correções, Liberdade saiu aqui pela Companhia das Letras, editora que costuma primar pela excelência no tratamento do texto -- ótimos tradutores, preparadores de texto, revisores. Mas neste caso, por um engano, foi para as lojas uma primeira tiragem com um sem-número de erros bisonhos de tradução. São palavras faltando, erros de concordância e coisas estapafúrdias como "comessasse" ou "sobiu". Mas não só isso. Questões estúpidas de tradução, que me incomodam sobremaneira, porque mostram a falta de um mínimo esforço para adaptar ao falar brasileiro, um desprezo total ao leitor brasileiro. Como na página 198. Uma conversa telefônica entre Patty e Richard, que chega a um beco-sem-saída, aquele momento em que você já não tem mais o que dizer num diálogo que está, desde o início, sendo constrangedor para todas as partes. Todo mundo já passou por isso, todo mundo identifica a situação.
"O que foi isso?", perguntou Richard.
"Nada. Desculpe."
"Então, de qualquer maneira."
"De qualquer maneira."
"Resolvi que não ia."
"Certo. Entendi. É claro."
"Certo, então."
Péra aí, pára tudo. "Então, de qualquer maneira." "De qualquer maneira." ??? Alguém consegue imaginar uma pessoa falando assim ao telefone? Não sei como é o texto original em inglês, mas aposto 20 mariolas como é: "So, anyway." "Anyway." É o clássico termo para não-sei-mais-o-que-dizer. E não é difícil lembrar como se diz isso no Brasil: "Mas enfim." "Enfim." É claro que, literalmente, Anyway = de qualquer maneira. E em muitas situações essa equivalência vale. Mas nunca num caso como este.

Pesquisando na internet, vi que outros leitores estavam tão estupefatos quanto eu com os erros de revisão, e um deles, comentando no blog da própria editora, disse exatamente o que eu penso: a vontade é jogar a edição brasileira no lixo e ler o original em inglês. Gostei tanto desse comentário, que comentei também, e até citei alguns dos erros que achei ao longo do livro. Alguém anônimo da editora respondeu apenas que infelizmente a primeira edição tinha saído com erros, mas que já tinham sido corrigidos numa nova edição.

Ora, se alguém na área de atendimento ao leitor da editora em que eu trabalho responde desta forma a um leitor com esse tipo de reclamação, vai para o olho da rua. Caramba, a editora botou no mercado um produto com defeito, e eu comprei!, e escrevi para dizer que estava insatisfeita com meu produto defeituoso. O mínimo a fazer é oferecer a troca por um produto sem defeito! Mas não, nada do tipo. Claro, eu é que não escrevi mais para lá dizendo isso, porque não serei eu a dizer à concorrência como proceder, e porque não quero nem um exemplar deste livro, muito menos dois. Mas a arrogância é de dar dó. Numa era em que o consumidor é cada vez mais difícil de alcançar, em que você, enquanto editora, precisa suar para fidelizar esses clientes, principalmente esses que estão te dizendo: eu posso ler em inglês e não vou mais comprar seus livros, seus idiotas!, responder assim é um suicídio para a imagem.

Porque na verdade é isso mesmo. Leitores como eu, mais apegados ao conteúdo do que ao produto físico livro, possuidores de um Kindle e uma conta na Amazon, e fluentes em inglês, simplesmente não precisam mais das editoras brasileiras para ler literatura estrangeira. Da própria Companhia das Letras, eu quero ler O décimo primeiro mandamento do Abraham Verghese (632 páginas, R$54), e O Homem de Beijing do Henning Mankell (512 páginas, R$46). Mas com um clique posso comprar Cutting from Stone (947 KB, US$9,57) e The Man from Beijing (616 KB, US$10,58). É mais barato, mais rápido, e até mais ecológico. E se eu não gostar, não preciso me preocupar em me livrar do exemplar.


*não que isso seja tão fora do normal: a Oprah tem um celebérrimo clube do livro que tem feito muito pela promoção da literatura -- sou a favor.