25.5.09

Bla bla bla ti ti ti

Um tempão sem escrever no blog. Alguns posts rascunhados e nunca terminados. Daqueles sobre os assuntos de relevância nacional e planetária. Que eu fico achando que tenho que escrever bem, super bem, de acordo com a importância do assunto. E acaba que não dá tempo, nem saco, nem nada. Estou no sprint final da minha tradução gigantesca. Um livro que aborda um assunto durante 2.500 anos ("da Grécia antiga ao século XX"), e finalmente cheguei no último capítulo, sobre o século XX. Tive a infeliz ideia de escrever para a editora há algumas semanas dizendo que ia entregar no final deste mês. Eu, toda gabola. Idiota, idiota. Agora toma, quem manda?

Então os assuntos de relevância nacional e planetária vão ficar para outro momento. Ou para outras ocasiões. Como na sexta, quando aproveitei a Restaurant Week para ir jantar fora com minha amiga T. e falar de todos esses tais assuntos. Marido fez uso de seu maravilhoso número da magnamidade, pegou Mathilde na escola, levou pra casa da mãe dele e me disse Vai, meu bem, se distrair, sair com suas amigas, daquele jeito tão engraçado de fazer galhofa que só ele sabe fazer. Então eu e T. passamos a tarde trocando emails escolhendo um lugar e descobrindo que estava tudo lotado. Eu queria ir na Julieta, que não conheço, mas, hélas, fully booked. Acabamos escolhendo o MiamMiam, que eu adoro não só pela comida mas porque a chef é minha amiga. E de T. também, éramos todas da mesma turma de colégio, numa época em que existia uma coisa chamada Segundo Grau, viram, crianças? E eu tenho um imenso orgulho da minha amiga chef, que já abriu agora um segundo restaurante. Um sucesso, adoro, adoro. E a comida é um arraso.
E cheguei uns quarenta minutos mais cedo do que o horário combinado com T., que por sua vez pegou trânsito e se atrasou à beça. Então foi bom porque R., a chef, sentou na mesa comigo e ficamos uma boa hora conversando, colocando papo em dia. E depois T. chegou, e ficou contando tantas coisas, a mais engraçada de todas o comentário feito pela mãe de seu namorado (7 anos mais jovem do que ela): Ah, meu filho, a T. é intelectual, né? Ih, você sabe, essas mulheres às vezes nem querem ter filhos. Hahaha, e na verdade não é nada disso, T. não esconde que quer muito colocar Tzinhos/as no mundo. E o namorado, apesar de mais jovem, também estaria disposto (disse-me ela), mas a mãe não consegue enxergar além do estereótipo construído para "a mulher intelectual". Só porque T. estuda história da arte dos séculos XIII e XIV, e é daquelas pessoas que têm tanta intimidade com o assunto que nem fala mais a palavra "século", só diz "um autor do treze", ou "isso era comum no quatorze", essas coisas de quem é do ramo.
Mas digressiono....
E no sábado fui ao salão e disse à cabeleireira: cuidar do meu cabelo está lá no final da minha lista de prioridades. Não tenho tempo, não tenho saco, não estou a fim. Ela me olhou e disse Deixa comigo. E, oh, ficou muito bom. Curtinho, curtinho, descobri que gosto do meu pescoço e nem sabia. Agora só vou andar com roupas que me deixem pescoçuda por aí.
E depois fomos a um aniversário de 3 anos no Jd Botânico, e lá estavam meu primo F. e sua mulher D., e a filhinha dos dois, A., de um aninho, coisa mais fofa. E D. estava babando de indignação com o guardador de carro, que perguntou se ela era mãe ou avó (!) da neném que saía do carro. E D. disse que parou o que estava fazendo, olhou muito séria para o guardador e perguntou, Vem cá, você está dizendo que acha que eu posso ser avó dessa criança? Porque D. tem 34 anos, minha gente. E o guardador ficou sem graça, se desculpou, mas sabe como é, aí não tem mais jeito. E meu primo F. coroou o episódio dizendo que talvez ela devesse mesmo emagrecer um pouco. O que só prova que os homens, não importa o quê, são de fato seres sem noção. D. nem está muito gorda, a roupa é que não favorecia.
E enfim.
A situação está neste pé.
E Mathilde, né? Que quando eu chego em casa me saúda com o "Mamãe!" mais apaixonado que eu jamais poderia sonhar. E que hoje foi comigo de casa para a escola a pé, o trajeto inteiro, uns 15 minutos, no passinho pequenino dela. Muito, muito mocinha.
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9.5.09

Dia das mães

Sempre pensei que reproduzir-se era o auge da idade adulta – mais do que casamento, independência financeira ou casa própria. Portanto, para mim foi uma surpresa quando o fato de ter filhos não fez com que eu me sentisse pessoalmente mais madura. Isso fica ainda mais evidente em meu relacionamento com a minha mãe. Ainda espero que os outros percebam que sou a filha, e não a mãe. Muita gente me deseja “Feliz Dia das Mães”, mas eu ainda me considero aquela que dá os parabéns, e não a que recebe. Talvez minhas expectativas fossem altas demais. Talvez seja uma conseqüência natural de chegar à maturidade durante uma época de mudança cultural que fez com que a idade adulta fosse mais ambígua. Hoje, as mães raramente são chamadas de “Senhora Fulano”, e pais e mães muitas vezes vão trabalhar de jeans. Graduar-se para ser pai ou mãe significa que não estamos mais protegidos pela liberdade de uma infância extravagante, e por isso é tão difícil superar essa fase. É triste, mas eu acho que nós só tomamos as rédeas das mãos de nossas mães depois que elas morrem, ou então quando trocamos de papel e passamos a tomar conta delas.

Amy Richards, "Opting In: Having a Child Without Losing Yourself", em tradução livre.

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8.5.09

Pequenas vitórias


Finalmente consegui que me deixassem parar a bicicleta na garagem do prédio do meu trabalho.
Tentaram me vencer pelo cansaço. Pediram até foto da minha magrela. Tirei esta com o celular, e achei que ficou tão linda - só faltaram as flores amarelas na cestinha. E me colocaram no G3. Entenderam a tática, né? Três lances de rampa. Tudo bem. Eu já estava mesmo me preparando para o Iron Woman 2010.
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3.5.09

Penta tri

Minha filha, meu orgulho...
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2.5.09

Trocando livros

É assim: você cadastra os seus livros que não quer mais, e se alguém quiser, você recebe um e-mail e manda o livro para esse alguém. (Sabiam que o correio tem um serviço chamado "Registro Módico", especialmente para o envio de livros, e que se for um livro levinho sai por R$ 3,80? Pois é, nem eu sabia.) Aí você ganha um crédito para receber um livro de alguém. Escolhe da lista e pede. E recebe, se tudo funcionar.
Pois é. Depende da boa-fé das pessoas. Mas eu adoro essas coisas. Coloquei lá uns encostos literários dos quais estou querendo me livrar mesmo. Tipo Crepúsculo, hoho! (Mas o Edward Gibbon que eu estava querendo ninguém tem pra dar, humpf.)

www.trocandolivros.com.br
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