Como já disse aqui antes, quem é filho único, como eu, desenvolve na infância uma série de defesas contra a solidão. Uma dessas defesas são os primos. Conheço um cara que é filho único, filho de pai e mãe filhos únicos. Parte-me o coração pensar numa vida sem tios e primos. Eu compensei casando logo com um sujeito que tem três irmãos e resolvendo o problema para os meus filhos.
A minha família é grande e eu tenho muitos primos, de todas as idades, de primeiro, segundo, terceiro, quarto graus. Mas desses muitos, tem sempre aqueles que são mais especiais, mais próximos em idade e afinidade, e que ainda moraram bem pertinho a infância toda. Aqueles primos com quem eu viajava nas férias e nos fins de semana, dormia na casa deles, inventava as brincadeiras mais malucas, essas coisas. Aqueles primos que continuaram mais do que próximos na vida adulta, com os mesmos interesses, os mesmos círculos de amizade. Primos que não chamo pelo nome, só de "Primo Querido" e de "Pri".
Então ontem, quando o dia se anunciava totalmente marromenos, liga o Primo Querido para dizer que Mathilde vai ter um/a priminho/a quatro meses mais jovem. E estamos as duas, eu e ela, sorrindo até agora.
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3 comentários:
Que post lindo.
vai providenciando companhia pra mathilde.
:>)
Muito especial. Parabéns!
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