A vista é a melhor iguaria |
Como o escritório é bem perto, fomos a pé, e passamos pelo primeiro percalço. É que a entrada é praticamente só para carros. Quem vai a pé tem de subir uma rampa -- a mesma dos carros, dividindo o espaço com eles. Não é muito agradável.
Mas depois que se entra tudo melhora. O ambiente lá dentro é bonito e moderno, conseguimos uma mesa junto aos imensos janelões de vidro, que dão para um deck, e o resto é mar. Os garçons usam um figurino gaúcho típico que acho meio caricato, mas não chega a incomodar e deve ser marca registrada da rede. E vale dizer que os garçons são um dos pontos altos: simpaticíssimos, super presentes e solícitos.
O bufê das saladas é apenas correto (gostei mais, por exemplo, das saladas do Da Silva do Centro, que merece um post dentro desta nova tag restaurantes). As variedades de praxes, belas folhas, queijos e poucas opções de molho.
Os acompanhamentos para as carnes me pareceram um pouco estranhos: farofa de ovo, pão de queijo, queijo na brasa, banana frita, cebola frita. Mas tudo bem, estava lá mesmo era para provar as famosas carnes! Mas oh, foi justo aí a maior decepção. Salvaram-se a picanha e um outro corte cujo nome não me lembro, mas no geral ficou léguas abaixo da minha expectativa (e dos R$92 que custam o rodízio!). Duas das carnes que mais gosto, linguiça e paleta de cordeiro, estavam incrivelmente duras. E ainda por cima, eu e T. fomos brindadas com facas cegas, o que tornava o ato de cortar a carne um empreendimento e tanto (verdade que assim que comunicamos o fato ao garçom ele trocou na mesma horas, mas mesmo assim, facas cegas? francamente!). As carnes vêm numa velocidade espantosa, e se você estiver com o cartãozinho verde virado para cima ("Sim, por favor!"), nem dá pra conversar, tantos são os gaúchos surgindo de todos os lados com espetos imensos.
Não sei se eles ainda estão se adaptando, se os fornecedores não são os melhores, mas eu fiquei decepcionada e não pretendo voltar tão cedo. Continuo achando a Porcão e a Marius opções bem melhores na categoria churrascaria rodízio.
E pelo visto, não sou só eu: outras críticas pouco lisonjeiras aqui e aqui.
9 comentários:
Anna, eu não conheço a churrascaria, mas vou ter que ir lá na quinta, para um jantar profissional. Estava ansiosa pra ir (até porque vai ser uma oportunidade pra sair da dieta), mas fiquei desesperançosa com os seus comentários.
Como eu não como carne vermelha (desculpa o trocadilho aê), pergunto: lá tem pratos quentes com camarões, peixes, etc.? Um pastelzinho de camarão, pelo menos?
Bela, não vi nada de peixes nem frutos do mar. E se tem pastelzinho, eu lamentavelmente não fui apresentada.
Boa sorte no seu jantar, depois conta as suas impressões.
Aqui em Salvador,a inauguração da Fogo de Chão já ocorreu há bem mais tempo e o "carro chefe " da casa são as famosas costelas.Vc as viu por aí? Ainda não fui a churrascaria,mas meu irmão que foi adorou a costela e soube que realmente eles servem só carnes e seus acompanhamentos. Ah,aqui o rodizio é R$81,00!
Gosto muito do seu blog!
Anônimo, por aqui não vi nenhuma menção especial às costelas, e as que provei no dia estavam apenas regulares.
Obrigada pelas palavras gentis!
Anna, minhas impressões: para uma não comedora de carne de boi e eventualíssima apreciadora de uma linguiça, decepcionante.
Eles não servem pastelzinho! O pão de queijo é duro. O buffet de saladas é apenas ok. Nem sombra de peixes ou outros frutos do mar. E o precinho!!! A únicas coisas que se salvam são a decoração e a vista.
E, last but not least, a parte mais insólita da noite: ao começar os trabalhos, avisei ao garçom-chefe que não gostava de comer carne, mas que queria experimentar um pedaço do lombo com queijo. E ele me sai com a seguinte pérola:
- Ah, mas tem um porquinho que foi morto hoje!!
Oi? Como é que a criatura é tão sem-noção assim? Ora, se a pessoa avisa que não come carne, não passou pela cabeça dele que pode ser por questões humanitárias (ou melhor, bichísticas, no caso...). E quando eu protestei e pedi gentilmente que ele não falasse daquela maneira, ele continou falando, quase aos gritos, sobre o porquinho que tinha sido assassinado, e aí é que eu não consegui comer mais nada mesmo. Botei as plaquinhas vermelhas (3 ao mesmo tempo) ao lado do meu prato (o que não foi suficiente para deter os outros garçons que, pelo resto da noite, não paravam de tentar me servir carne) e me distraí comendo salada e uns queijos.
Em resumo: nunca mais.
bjs.
Vixe, Bela, mas que horror! Logo a parte que eu mais elogiei, os garçons, me saem com uma falta de noção dessas... Tsk tsk.
Eu não sou muito de churrascarias, mas confesso que quando fui à Philadelphia fiquei com muita vontade de comer na Fogo de Chão pelo simples desejo de uma comidinha brasileira, sabe. Ainda bem que não entramos e que na volta deu para parar num dos nossos restaurantes brasileiros favoritos do Queens. Muito mais em conta e sem surpresas.
Isabella, não sei como são as filiais americanas... Aliás, seria até curioso ter uma opinião vinda dos EUA.
Eu imagino que não seja ruim, o problema maior ao meu ver é o preço. Há muitos anos fui com o marido, filha e pai de uma amiga a uma churrascaria brasileira em Manhattan e a conta ficou em torno de 150 dólares, um valor bem alto para os padrões de NYC. Se estivéssemos falando de um restaurante badalado, com chefs da moda ainda vai, mas nada, era apenas uma churrascaria 'fancy', como diria a minha filha. Em Astoria, no Queens, come-se muito bem por apenas 7 dólares o quilo. Se quiser carne, sai um pouco mais caro, talvez 8 ou 9 e você não precisa de preocupar que o pequeno de 2 anos está sujando todo o chão de arroz (claro que sempre limpo as cacas que ele faz, rss). Fico com Astoria.
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