Deixando de lado o mimimi de estou-sem-tempo-e-peguei-conjuntivite, escrevo rapidinho para desenvolver só mais um pouco o assunto do post abaixo, que tem rendido tanta discussão.
O que me deixa animada é isso: está rendendo, levando o tema para a pauta da vida cotidiana. Este, o maior mérito do vídeo, que tenho visto ser tão atacado tão somente por ser estrelado por globais. Parece preconceito. E é.
Meg: você tem toda razão na sua argumentação sobre as falhas do movimento. Mas acho que a mensagem principal, "Informe-se", é válida e importante. Acho que concordamos aí.
Hugo, meu leitor silencioso: li o texto que você recomendou (mas não os 177 comentários), mas acho que ali está-se fugindo do ponto. Uma coisa é um projeto que leva desenvolvimento a uma região atrasada. Outra coisa é esse projeto ter mais desvantagens ambientais do que vantagens socioeconômicas. Nesse texto não encontrei muita referência ao mérito da usina em sim, mas encontrei muito mais críticas a quem critica, como se estes fossem antidesenvolvimentistas, usurpadores da Amazônia Legal ou interessados na perpetuação do atraso. Ou seja, grosso modo, exagerando e distorcendo um pouco, o texto parece sugerir que qualquer projeto naquela região seria válido, para tirar a região do século XIX, como ele coloca.
No mais, confesso que não tenho me informado tanto quanto gostaria. Mas não paro de pensar na minha amiga R., que está há pelo menos 2 anos morando no Pará, lutando contra essa usina, e nunca, jamais, em nenhum movimento que ela organizou ou de que participou, conseguiu metade da divulgação que esse vídeo obteve em uma semana de circulação.
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