Fui ver o filme da Zuzu Angel, afinal. É um filme ok, mas, como todos os filmes brasileiros sobre episódios históricos, sem espaço para muita complexidade. Tem uns personagens que são super bons, antogonizando outros que são super maus. Sem maiores sutilezas. Pra ficar bem fácil tomar partido. Mas ok, sem entrar nesse mérito, vamos dar o crédito que o filme não estraga uma história que é muito boa -- a da Zuzu Angel em sua cruzada por justiça, uma história bonita mesmo. Não é piegas o filme, e isso é uma grande coisa numa história como essa.
Mas aí surge a questão Hildegard Angel. Assim: como foi que ela virou o que virou? Porque o irmão dela morreu como um idealista, alguém que decidiu "não fechar os olhos para a injustiça do mundo". Aí a morte bárbara dele fez a mãe pirar, e ela virou uma paladina da justiça, uma mãe desafiando a ditadura, tanto que deram cabo dela. O pai americano, que muito cedo se separou da mãe, foi morar no interior de Minas, onde abriu um orfanato. Bem. Aí, com um histórico desses, Hildezinha, irmã de Stuart, pirou também, mas para o lado oposto, e dedica sua vida ao... colunismo social! Há anos a vida dessa senhora se resume a tecer comentários e futricas sobre a vida alheia -- a vida de pessoas absolutamente fúteis, diga-se de passagem.
Stuart e Zuzu devem se revirar no túmulo.
Para ilustrar, seguem excertos da coluna de Hilde hoje no JB:
O buxixo em Mônaco é grande. Rumores dão conta que o príncipe Alberto não está sozinho em seu castelo. A namorada Charlene estaria instalada no pedaço, em temporada de verão. Os parapazzi rodeiam o château enlouquecidos. Há quem jure que viu a campeã olímpica boiando na piscina de Fontvieille, depois de treinar boas braçadas. E mais: na semana passada ela esteve fulgurante em todos os eventos da saison. Juntos, os dois irradiam felicidade e cumplicidade, provocando especulações de que estariam prestes a ficar noivos...
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Seguindo a tendência mudial de se usar tecidos de roupa em estofados (só deu isso na Feira de Milão), a arquiteta Risoleta Medrado baixou na Casa Simão para comprar, por apenas R$ 24 o metro, o tecido que revestirá a poltrona de seu living na mostra Morar Mais por Menos, que abre no dia 5 de setembro...
2 comentários:
anna, isso me fez lembrar uma coleguinha do colégio que era super careta, conservadora mesmo (estranhíssimo numa adolescente, né?). um dia descobri que os pais dela eram hippies. sei lá, freud explica?hahaha
kellen, é sempre assim, a gente negando os nossos pais. não temos nenhuma originalidade.
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