29.7.09

Três anos

Este blogue fez três anos em junho e a data me passou inteiramente despercebida.
Em junho de 2006 eu estava em outro emprego, absolutamente de saco cheio. Não havia nenhum bloqueio a sites, então eu lia tudo quanto era blogue e postava do trabalho mesmo. Tinha muito tempo ocioso naquela época. Aliás, essa jornada de 8 horas de trabalho é um exagero completo. Eu me sentia sub-aproveitada, tanto que no final daquele ano pedi demissão.
Alguns meses antes, havia começado a ler os blogues, entender a dinâmica, e meio que "encontrar a minha turma": via que os blogues de que mais gostava estavam sempre se linkando mutuamente.
Finalmente em junho, no meio da Copa do Mundo, com o marido viajando e sem ter muito com quem comentar sobre jogos como Irã x Angola ou Gana x EUA, resolvi criar meu blogue. O nome não era Terapia Zero. Lembro ter tentado "Inútil Paisagem", mas já existia outro com esse nome. Devo ter tentado outras alternativas, das quais não me recordo mais. Até chegar nesse Terapia Zero, que é meio engraçado e talvez um pouco taxativo demais. Hoje em dia, claro, me acostumei. Assim como me acostumei a chamar minha filha de Mathilde, apesar de o nome dela não ter nada a ver com isso, e apesar de eu nem estar mais trabalhando no livro sobre Freud, cuja primogênita serviu de inspiração para esse pseudônimo.
Em junho de 2006 eu quase só escrevia sobre os jogos da Copa, e sobre umas trivialidades, como a dificuldade de encontrar uma calça jeans que não seja de cintura baixa (e de lá pra cá nada mudou nesse front). O primeiro comentário foi da Alena. Nos meses seguintes passei a contar casos, falar da vida, muitos posts sobre relacionamentos (inclusive o da assistente de mágico, expressão que até hoje traz muita gente para cá via Google).
Deedse então, escrever continuou sendo para mim uma grande terapia. Se hoje não frequento mais tanto as mesas de bar que me serviram de "consultório" por tanto tempo, por outro lado tenho aqui um espaço para falar todas as bobagens e desbobagens que me apetecem, e o que é melhor, com uma porção de interlocutores de todos os cantos do mundo. Alguns já conheci pessoalmente, outros é como se conhecesse. E tem ainda aqueles desconhecidos da mesa ao lado, que às vezes se viram para comentar alguma coisa, sempre começando com a célebre frase "sempre leio seu blogue, mas nunca comento...".
Três anos.
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7 comentários:

la vache qui rit disse...

eu tô por aqui há 3 anos :-)
lembro com precisão do dia - chuvoso - que fui no seu ex trampo para conversar um lance com seu boss, e ele, muito inconveniente, perguntu de onde nós nos conhecíamos. Pergunta que não respondemos. ora, ora, onde já se viu? tomamos um café no praia shopping, e eu tinha que sair correndo nem muito bem porquê. sei que foi lindo. daí, tempos depois, me enamorei com o seu vizinho. Sua filha nasceu e eu fiquei com seu pacote de fralda cariocamente guardado comigo. Nos vimos em algumas esquinas, na Casa Rui, e qualquer dia precisamos combinar paulistanamente um café. sempre adorei seu blog, seu texto e seus comentários no meu amado bloggete. ah. mas odeio essa verificação de palavras ilegível dessa caixinha. humpf.

vera maria disse...

É sempre bom ler seu texto, anna, vida longa do terapia! :) Eu me sinto como uma conhecida de longa data, e me sinto também uma tia-avó da mathilde :)
um abraço,
clara lopez

vera maria disse...

"ao terapia..."

F. disse...

Também não sei há quanto passo por aqui, mas deve fazer aí quase três anos. Nunca conheci a signatária pessoalmente, mas nunca desembarquei da mesa do lado... Parabéns Anna. Bjs.

Lord Broken Pottery disse...

Sei que gosto daqui. Seu texto é bom de ler. PARABÉNS!
Beijo

Isabella Kantek disse...

Adoro o seu canto, Anna, como já disse em tantas outras ocasiões.
Desde o começo o Terapia tornou-se parte da minha vida "internerdica".
Beijos

Anunciação disse...

Eu adoro.Parabéns pelos três anos de Terapia,para você e leitoras como eu.Grande abraço.