24.2.07

Bolsa Não-Família

A discussão sobre a redução da maioridade penal está chegando a perigosos extremos. De um lado, os que a defendem, alertam para o absurdo que é não punir com rigor um criminoso de 16 ou 17 anos, deixando-o em uma instituição por no máximo três anos. Têm razão. Do outro lado, alega-se que essas decisões não devem ser tomadas em clima de comoção e que encher mais as prisões não resolve o problema. Também estão certos, e eu me incluo neste grupo.
O ponto de concórdia é que o mais eficaz é investir em educação. Certo. Impossível discordar. Atrelada ao discurso da educação vem, a reboque, a questão do planejamento familiar. Que é tão importante porque é algo que pode ser colocado em prática já e com resultados a prazos menores do que reformular todo o nosso sistema educacional.
No meu mundo ideal existiria o Bolsa Não-Família. Um programa voltado para mulheres em idade fértil. Mais ou menos assim: a cada 6 meses a mulher vai a um posto de saúde público e faz uma consulta médica. Se ela não estiver grávida, ganha uma grana. E ainda se consulta duas vezes por ano, faz um preventivo e tal.
No meu mundo ideal, ça va sans dire, seria permitido a qualquer mulher fazer um aborto em qualquer hospital, público ou privado.

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