28.7.07

Presentes

Torcida Baby

No Estadual 2008 estaremos lá, eu e a mini-eu.
;-)
PS: Eu adoro meus amigos.

Para crianças politicamente corretas

B., meu amigo ambientalista vegetariano, disse que tem um jogo de Banco Imobiliário de cooperativa, cujo objetivo não é o lucro individual, e sim o desenvolvimento sustentável da comunidade. Parece que foi criado por uma empresa canadense que faz jogos desse tipo, inclusive uma versão de War cujo objetivo de todos os participantes é o mesmo: evitar a guerra mundial e salvar o planeta. É assim: cada país tem certos recursos, e quando alguém tem algum problema, todos têm que se unir para ajudar o país a não entrar em colapso, em prol do equilíbrio planetário.
Eu sinceramente não sei bem o que pensar sobre isso.

26.7.07

Post natimorto


Eu ia escrever sobre os concertos do Kurt Masur e Orchestre National de France a que assisti na minha viagem em março, motivada pelo post sobre o Joshua Bell (uma história incrível, leiam lá) no site do Marcus. Aí resolvi colocar meu CD do Joshua Bell tocando concertos de Brahms e Schumann, que eu adoro. Mas o CD não tocou no computador de jeito nenhum, não leu, não quis, não sei. Então tentei o aparelho de som aqui do escritório, que tocou o CD, mas esse aparelho tem um outro problema, o controle de volume não funciona, a gente diminui, ele aumenta; a gente aumenta, ele aumenta ainda mais. Como já passa da uma da manhã, preferi não acordar a vizinhança com esse meu súbito acesso de fúria romântica a altos brados. Tentei o sonzinho portátil, já desanimada, mas esse também está kaput, não lê mais nenhum CD (provavelmente com razão, já que limpar essas belezinhas é uma coisa que eu não faço nunca). Então esgotaram-se as minhas opções, já fiquei puta de gastar meia hora nessa comédia de erros em busca da música, vou dormir.
(Em tempo: ia escrever sobre o Masur regendo Romeu e Julieta de Prokofiev. Uma coisa de louco. Depois.)

25.7.07

De volta pro futuro

Posso até me contradizer depois.
Mas acho esse negócio de desejo de grávida uma balela.
O que existe é a vontade de sempre, mas com um bom pretexto.
Tá, e algumas vontades totalmente novas.
Por exemplo, agora dei para tomar Toddynho.
Ha.

23.7.07

Rapidinhas do Pan

Por que diabos de uma hora pra outra taekwondo não se fala mais taiquendô, e sim teicondô?

Essa equipe do vôlei feminino se queimou para sempre como "amarelonas".

Quem consegue não se apaixonar por Thiago Pereira?

Diego Hypolito é uma mala sem alça.

Não adianta, por mais marrentos que sejam, eu amo os cubanos e cubanas.

Estou achando judô super emocionante. Me internem.

Ganhamos ouro na patinação artística? Bicampeões panamericanos? Que país é este?!

22.7.07

Ma vie sans rose


Semana passada descobrimos: é menina.
Acabei percebendo que todos torciam para uma menina, menos eu.
De qualquer forma me adaptei muito facilmente à idéia, já estou adorando. (O componente narcisista da maternidade/paternidade é mesmo muito forte. A possibilidade de haver uma euzinha é irresistível.)
O marido disse desde o primeiro dia: é mulher. Depois mudou um pouco o discurso para um mais engraçado: só quero se for mulher. Enfim, está todo contente.
Eu também.
Mas uma menininha atrai automaticamente um monte de gente que quer mesmo é brincar de boneca. A quem posso, eu aviso: por favor evitem o cor-de-rosa.
Não o cor-de-rosa como condição cromática, bem entendido, mas o cor-de-rosa como estilo de vida, com toda a carga simbólica que ele traz.
Explico. Nada contra a estética feminina. Nem infantil. Naturalmente não vou vestir minha filha como um menino, nem decorar seu quarto com design minimalista. Mas tudo contra a estética princesa. Laçarotes, camas com dossel, muitas bonecas e vestidos de cetim, coroas e tiaras, e tudo em cor-de-rosa. Talvez esteja aí, no quarto do bebê (na verdade "da" bebê), a origem dos problemas da mulher moderna -- aquela que, a despeito de tudo, ainda se sente obrigada a ser/estar linda e ainda vive à espreita da figura encantada do príncipe.
Eu bem sei que toda menina, por mais alternativos e cabeças-feitas que sejam os pais, passa por uma fase princesa -- e na mesma época, pela fase cor-de-rosa. É inevitável, praticamente. Toda criança interage, essas influências fazem parte, ora, paciência. Mas daí a estimular isso desde o início vai uma longa distância.
As motherns e fatherns de plantão aqui podem dizer com mais conhecimento de causa do que eu, mas a educação de uma criatura é uma guerrilha: todo dia tem combate.

História carioca

A Meg disse o que eu estava querendo dizer:

Eu queria fazer uns comentários inteligentes e sarcásticos sobre o acidente aéreo, a morte do ACM, as últimas declarações do Papa, e mais uma meia dúzia de coisinhas. Mas como não tem quase ninguém vindo aqui nas férias, me deu a maior preguiça.
Fica pra depois.
Ou não.

Aí então, em vez disso, conto essa história que ouvi na terça, o dia do desastre do avião. Teoricamente aconteceu com um conhecido de um amigo de uma amiga, mas mesmo que não tenha sido assim, se non e vero é tão trovatíssimo nesse teatro do absurdo que a gente vive, que vale o post.

O cara estava no ônibus. Chegou perto do seu ponto, levantou e puxou a cordinha, dando o sinal para saltar. Segundos depois, três caras anunciam aos berros:
-- Perdeu, perdeu, todo mundo quieto e passando a grana agora!
Sem se abalar, o cara, já em pé, cutuca um dos assaltantes:
-- Com licença, eu puxei a cordinha antes de vocês anunciarem o assalto, por isso tenho direito de descer agora.
Tomado pelo espanto, o assaltante considera a questão. Confabula e debate com os colegas. Enfim resolvem.
-- Tudo bem, tá certo mesmo, pode descer.
O cara desce. E quando pisa na calçada, ouve lá dentro do ônibus.
-- Bom, mas agora é sério, hein! acabou a brincadeira, todo mundo passando a grana, relógio, celular!

16.7.07

Virgínia Berlim

Eu simplesmente não acredito que o Biajoni esteve no Rio sábado para lançar seu novo livro, Virgínia Berlim, e eu só soube hoje. No Amarelinho, que idéia boa! Ah, como é grande o meu pesar.
Resta-me, então, comprar um exemplar de modo impessoal, pela internet, e ler.
Porque, na boa, já estou enchendo o saco da Bíblia da Gravidez que em emprestaram.

O dia em que fui ao Pan

O esgoto a céu aberto ao lado da Vila do Pan. Foto do site A Guerra dos Mundos


Não pude ver Brasil x Argentina ontem. Porque àquela hora, meus caros, eu estava no Pan.
Não, não fui às competições torcer pelo Brasil.
Estive na Vila Pan-Americana (localizada entre o fim do mundo e lugar nenhum) acompanhando um grupo do projeto cultural em que trabalho.
Que fiasco.
Primeiro, nos deram um trabalhão para preencher todos os cadastros de todo mundo que entraria na Vila. Segurança rigorosíssima! Nome completo (inclusive de solteira), CPF, RG (com data de emissão e órgão emissor), endereço, nome do pai, nome da mãe, cidade de nascimento, estado de nascimento, país de nascimento, cidade de residência permanente. Para os carros, além da placa era preciso dizer modelo, cor, ano, chassi e renavan (!!). Na hora é claro que nada disso funcionou. Entramos com crachás sem nome, de modo que poderíamos ser quaisquer pessoas, em qualquer número, que não faria nenhuma diferença. Os carros não puderam ficar lá, na última hora, cada um que se virasse para estacionar onde pudesse, ali no meio de deus-me-livre.
Lá dentro, o clima era de (des)organização de Rock In Rio: uns quiosques bonitinhos disfarçando a total falta de infra-estrutura. Saca banheiros químicos? Agora imagina um banheiro químico coletivo, um trailer químico. Sem água na pia (aquilo era pia? não! tipo um tanque) para lavar as mãos. Fui tentar o trailer masculino, que tinha água -- até demais, uma descarga disparou e ninguém consertou. Saca aquelas pocinhas de água parada no meio do chão de terra coberto de pedrinhas? Saca aquele clima que toda hora falta luz e algum sistema sai do ar? Assim é a "Zona Internacional" da Vila do Pan. O nome é perfeito: é uma zona mesmo, cheia de brasileiros, argentinos, uruguaios, chilenos, porto-riquenhos, mexicanos, canadenses, jamaicanos, americanos etc. Não é a parte residencial, claro, mas é bem ao lado, onde tem as bandeiras e tal.
Colocaram um telão gigantesco para a final da Copa América. Mas depois de montado, descobriram que não havia sinal (!) e o megatelão simplesmente não funcionou (!!). Resultado: uma aglomeração de gente se espremendo em frente ao estande dos Correios, onde havia um aparelho de TV pequeno e cheio de chuvisco (!!!). Mico total. E, claro, o show estava marcado para a hora do jogo, e não quiseram mudar, apesar dos nossos protestos. Naturalmente, não tinha quase ninguém assistindo. Preguiça, preguiça...
É preciso deixar claro que não tenho nenhuma simpatia por esse evento esportivo meia-bomba. Bom mesmo é Olimpíada, Copa do Mundo e talz. Ganhar na ginástica sem os chineses, as romenas e as ucranianas, convenhamos, até eu. Vôlei sem a Itália, sem a Rússia? Pfff.
Mas isso não seria o mais grave se não fosse o desavergonhamento do transtorno na cidade, dos 3 bilhões de investimento que de concreto vão deixar para o Rio um estádio, o Engenhão. Metrô até a Barra? Promessa. Parque aquático? Promessa. Trem bala? Promessa. Em vez disso, o fornecimento de alguns remédios pelos postos de atendimento da Prefeitura foi suspenso "até depois do Pan". Os táxis da cidade estão rodando com Bandeira 2 até o fim do Pan. Nas linhas Vermelha e Amarela uma faixa está separada para uso exclusivo do Pan, e quem por elas trafegar é multado. Danem-se os moradores da cidade que precisam passar por ali. Abram alas para as delegações.
Para saber mais: http://averdadedopan2007.blogspot.com/

A porra da idade

Meu arsenal


Eu gosto de Simone de Beauvoir. Não li os livros dela, mas li a respeito deles, e acho que ela foi uma mulher e tanto. Um dos livros de Simone se chama A Força da Idade, faz parte dos muitos livros de memórias que ela publicou.

Na atual conjuntura, tenho ganas de escrever um livro chamado A Porra da Idade. Todo dia me sinto uma astronauta em missão num planeta estranho, porque preciso cobrir cada centímetro do corpo com uma substância diferente. Nem um pedaço de pele pode ficar desprotegido. Sim, claro, estou me referindo aos cremes.

M. sempre diz que uma mulher a partir dos 30 anos tem duas obrigações básicas: prover o próprio sustento e passar hidratante. Minha situação hoje em dia faz com que eu passe um creme no rosto e pescoço (com filtro solar), outro creme nas pernas e pés, um creme especial na barriga e seios (Natura, linha "Mamãe e Bebê" -- aimeudeus!) para evitar estrias (yeah, right), um outro do Boticário "com tília e arnica" para as mãos e cotovelos, fora o creme leave-in para o cabelo. Antes de dormir, lavar o rosto com um outro creme limpante, passar uma loção da farmácia de manipulação, e às vezes, quando estou com saco, outro creminho para a região ao redor dos olhos.

E tudo isso por quê? Por causa da porra da idade. Porque claro, não adianta começar a prevenir aos 48, né?

12.7.07

Embarangamento sem glamour

Acontece com todas as grávidas. Ali entre o terceiro e o quinto mês de gestação, mais ou menos, seu corpo já mudou externamente. Mas você ainda não exibe aquela barriga redonda, obviamente com um bebê dentro, que as pessoas amam e acham linda por conta do Mito da Maternidade, que transforma as grávidas em semidivindades. Ainda não. Nesse período meio intermediário, você simplesmente embarangou: está mais gorda, perdeu a cintura, e seus peitos estão enormes. É o embarangamento sem glamour. As pessoas que não te conhecem tão bem mas te vêem com freqüência (seus vizinhos, por exemplo, o sorveteiro da esquina, o ascensorista) ainda não perceberam que você está grávida -- apenas acha que você "deu uma caída". Chegam a olhar para o seu marido com uma certa pena. As mulheres não comentam, mas a gente percebe um olhar de comiseração.
Eu no metrô faço a maior cena, uso umas batinhas que comprei e que realçam muito a barriga (até para quem não tem barriga), coloco a mão nas cadeiras (pose típica da grávida), mas até agora não tive nenhum sucesso. Nin-guém me cedeu o lugar.
Humpf.

4.7.07

A força do azar

P. foi gravar o Programa de Jô para divulgar o espetáculo que vai estrear em São Paulo, mas faria só o número musical do fim do programa, sem entrevista. Mas aí, o cara que seria entrevistado, para falar a respeito do livro que escreveu, sobre o azar (?) ficou preso no caos aéreo dos aeroportos, e não conseguiu embarcar, deixando para P. e o grupo o lugar da entrevista, que até já foi ao ar.
Esse livro deve ser bom mesmo.

2.7.07

Insider joke


E = Fb
Teoria da relatividade para músicos.

(Não é nova, mas é muito boa.)