27.10.07

Meu mouse pad (e detalhes desnecessários sobre gravidez)


Momento show-off: meu mouse pad de tapete persa. Que é legítimo. M. trouxe direto do Irã. Achei completamente tudo de bom. Sobretudo as franjinhas.

Então tá, é só isso.

(Pois é. Dez dias sem nenhum post e de repente 4 num dia só. É que hoje tirei o dia para arrumar a casa. Coisas de rotina, roupas, louças, jornais da semana, papéis etc. O lance é que agora fico tão cansada com isso. Toda hora tenho que parar e sentar. Aí já viu: computador. Talvez porque esta semana, com as nanoférias, tenha sido 100% sedentária, fiquei mais cansada. Porque assim como o Fantasma é o espírito-que-anda, eu sou a gestante-que-malha. E esta semana que passou não fiz pilates, nem ioga, nem hidroginástica. Nada. A não ser os exercícios para o períneo, que quem é grávida conhece. E pra quem não é grávida eu explico. É mais ou menos assim. Você tem de ao banheiro fazer xixi umas 86 vezes por dia. Inevitável. Então em cada uma delas você fica prendendo e soltando o xixi. Que é para dar tônus muscular ao períneo, fundamental para um bom parto normal e esperança para não precisar de uma episiotomia. Ah, ok, ok, chega por hoje, já entendi.)
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S.O.S. fraldas


Anna V. um dia sonhou salvar o planeta, salvar os animais, passar a vida num bote na Antártida entre os baleeiros e as baleias, brandindo um cartaz escrito Stop killing the whales!, ou pendurada numa grande chaminé de usina poluente acenando com Save the planet! para as câmeras.

O tempo passou, e Anna V. achou que talvez valesse mais a pena tentar salvar a sua própria espécie. Fez trabalhos voluntários, passou um tempo lendo para os cegos, pensou em se filiar a um partido de esquerda junto de um amigo (que também não se filiou e hoje é médico e dono de uma franquia de laboratório onde Anna V. faz todos os exames de Mathilde).

Mais tempo passou, e Anna V. concluiu que se conseguisse salvar a si mesma já era um feito e tanto.

Porém, alguém um dia disse que o menino é o pai do homem -- donde infere-se que a menina é a mãe da mulher --, e resquícios de todas essas épocas ainda vivem dentro da versão atual de Anna V. Por exemplo, Anna V. está adorando a moda das bolsas de pano para supermercado, tem várias e usa sempre, de modo a minimizar o consumo das sacolas de plástico.

Anna V. leu por aí que as fraldas descartáveis são grandes vilãs do meio ambiente. Ficou apavorada de saber que um único bebê gasta não sei quantas mil fraldas por ano, gerando mais de 100 quilos de plástico, e que cada uma delas leva não sei quantos mil anos para se decompor.

Anna V. sabe que existem as fraldas de pano (que ela, por exemplo, usou quando bebê), mas acha que a chegada de Mathilde já está de bom tamanho no que diz respeito a "mudança de estilo de vida". Além do quê, fraldas de pano provocam assaduras, vazam e precisam de alfinetes. Anna V. tem calafrios só de pensar. Então Anna V. foi pesquisar opções, como fraldas biodegradáveis, ecofraldas, fraldas meio-termo (parcialmente reaproveitáveis), mas só achou coisas assim fora do Brasil. Perguntou aos amigos ecologistas, escreveu até para o André Trigueiro, que sabe ser um jornalista sinceramente comprometido com a causa. Mas até ele escreveu dizendo que não sabia de nada parecido aqui no Brasil -- e que, caso eu descobrisse, contasse para ele.

Sem outras opções, vendo a data do chá-de-fraldas se aproximar, Anna V. recorre a seus fiéis leitores em busca de alternativas.

Alguém?

Em tempo: Anna V. resolveu inovar no quesito bolsa-para-carregar-tralha-de-bebê. Acha que esses modelos a tiracolo, normalmente de vinil, são muito bonitinhos mas ordinários e pouco práticos. Resolveu procurar uma mochila, o que, claro, achou nos EUA. Aliás, várias mochilas, inclusive designer diaper bags. (Anna V. tem um certo medo dos americanos, que produzem sites tão específicos como www.diaperbags.com e www.diaperbagboutique.com) Anna V. acabou de encomendar um modelo da DaisyGear. Não resistiu ao vídeo de demonstração (!) com todas as funcionalidades da mochila porta-fraldas.

De facto, uma ideia nada óptima

Não entendo, mas não entendo mesmo as mudanças propostas nesta próxima reforma da língua portuguesa, tão alardeada por aí. As alterações serão todas de caráter meramente ortográfico, e sinceramente irrelevantes no que toca a melhoria da compreensão entre nós, lusófonos. Ou seja, o que se propõe como mudança não nos aproxima em nada.
Pensa bem: quando você pega um jornal ou um livro português para ler, não é porque assembleia não tem acento que você deixa de entender. Nem porque húmido lá é com h, e nem porque académico tem acento agudo.
São duas coisas que podem te deixar boiando: a construção sintática e o vocabulário. E, claro, nada disso pode ser contemplado em reforma alguma.
Eu ia me estender nessa discussão, mas vou sintetizar citando Lobo Antunes, na epígrafe de Memória de Elefante:
"Há sempre uma abébia para dar de frosque, por isso aguentem-se à bronca."
E aí, foi por causa da falta do trema em aguentem-se que você não entendeu?
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A última viagem a dois

Foto daqui

E então, o jovem e inocente casal consegue espremer uns poucos dias de férias e resolve viajar para a praia, longe do telefone, dos emails e das aporrinhações cotidianas. Vão durante a semana, na baixíssima temporada, época de praias vazias e pousadas idem. Chegam no início da noite de segunda e, coincidência feliz!, encontram um casal de amigos na mesma situação, e na mesma pousada. Na terça o tempo está mais ou menos, mas ainda conseguem ir à praia e pegar um solzinho. Mas já na noite de terça começa a chuviscar, reflexo tardio de uma grande tempestade que toma toda a região Sudeste, apenas. E na quarta chove o dia inteiro. E na quinta também, e eles voltam pra casa antes até do previsto.

Mas apesar da descrição um pouco desolada, os dois se divertiram e gostaram de ficar juntinhos nessas que foram as últimas microférias a dois, em muitos e muitos anos.
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18.10.07

Dentro de mim há um mundo


La Femme Enceinte, Patrick Ciranna

Passamos do sétimo mês.

Não sei se é assim com todas, mas não me sinto mãe, ainda. Sinto-me grávida, o que é diferente. A gravidez fica no registro do provisório, enquanto a maternidade se inscreve sob o signo da permanência. Não à toa, ninguém é grávida ou está mãe; é sempre o contrário. Mas o estar grávida é sem dúvida um momento especial. A convivência privilegiada que temos com essa outra pessoa durante os meses da gestação é muito marcante. O mudo espanto diante do fato de verificar que meu corpo comporta um outro corpo humano, esse eu acho que não vai passar nunca. Mas como tenho que seguir vivendo apesar desse surrealismo mais-velho-que-a-terra, aproveito para explorar a intimidade entre os corpos, o meu e o dela. E entre as almas também. Não existe, de fato, intimidade maior do que essa. Mathilde e eu estamos juntas o tempo inteiro, 24/7. Conversamos, nos tocamos mutuamente, interagimos. Nem um segundo de separação. O que ajuda a entender por que o parto é um trauma tão profundo, e não somente para quem está nascendo. A intimidade é muito gostosa, acaba por criar esse vínculo afetivo ancestral sem paralelo nas demais relações humanas. E para não deixar dúvidas, carregamos no umbigo esse vínculo pelo resto da vida ("o umbigo, a marca indelével de nossa antiga conexão com a mãe" -- dá-lhe, Sigmund!). Por isso tudo não tenho, até agora, pressa para passar à próxima fase deste jogo. A próxima fase vai chegar, de qualquer jeito, e vai durar para sempre. Esta fase agora, eu não sei se nem quando vai voltar.
Voltando ao mundo real, a infecção urinária sumiu, e eu continuo me sentindo muito bem, fazendo todas as ginásticas. Mathilde está ótima. Até meu peso está ok, a despeito dos litros de sorvete que tomei neste último mês. (As voltas que o mundo dá: mês passado recebi efusivos parabéns por ter engordado apenas 900g em 30 dias. Este mês o ganho de 1,2kg também foi considerado bom. Entenderam? Viu, Carrie? 2,1kg a mais em 60 dias, e isto é bom. O mundo das grávidas é um universo totalmente paralelo.)
De umas semanas para cá parece que Mathilde tomou Biotônico Fontoura ou algo assim. Passou a se mexer com muito mais força. Deve estar crescendo muito -- a outra opção é eu carregar no ventre uma matricida em potencial.
O quarto dela começa a acontecer. Passou de escritório a depósito de tralhas, mas tenho fé de que vai ficar muito bom.
Abaixo, a decoração da parede, feita especialmente para ela.

16.10.07

Pontos corridos


A torcida do Flamengo é única. Não apenas por seu indiscutível gigantismo, ou porque seja mais apaixonada do que as outras (todas são iguais nesse sentido). O que torna a torcida rubro-negra diferente é sua paixão por si mesma. Não há uma torcida que se orgulhe mais de suas virtudes, que tenha certeza absoluta de sua superioridade eterna e incomparável – não apenas numérica. A torcida do Flamengo age como se fosse uma força da natureza – como se a vitória em campo dependesse dela. Não porque seja melhor que as outras – mas porque acredita piamente em seus super-poderes. Acredita realmente que faz a diferença – e, não raro, faz.
(Gustavo Poli, no blog Coluna 2)

T. disse bem: O Flamengo hoje é uma torcida que tem um time, e não o contrário. Tudo isso (post, comentário), é claro, veio a reboque da fantástica vitória sobre o São Paulo, líder do campeonato, algumas rodadas atrás, quando houve o recorde de público. Movidos por um instinto maníaco, vários amigos meus foram a esse jogo, já antecipando um momento histórico (para mim, uma premonição completamente sobrenatural). Não fui, não apenas por causa dessa barriga avantajada de que preciso tomar conta, mas por não achar, já há meses, nenhuma graça nesse campeonato brasileiro.
Não tenho nenhum estímulo para torcer em uma competição em que todos já sabem quem será o campeão, praticamente está definido quem vai à Libertadores (há um resquício de emoção neste aspecto) e as principais apostas ficam sendo quem vai se classificar para a Copa Sul-Americana (a segunda divisão da Libertadores) e, principalmente, quem vai cair para a segundona. Ah, francamente, me poupem. Eu valorizo o meu ato de torcer.
Na época da mudança para pontos corridos, apoiei entusiasticamente a decisão. É, sem dúvida, o formato mais justo, ganha quem foi melhor durante todo o campeonato. Parece lógico e eu costumo apreciar as decisões lógicas. Mas, 5 anos depois, a questão é: e daí? Ficou melhor? Não. Ficou um saco. Futebol não tem a ver com justiça nem com lógica, é a óbvia conclusão. Futebol não é vôlei nem basquete. É o jogo do improvável, até do impossível. Resta como ótima lembrança o Brasileirão de 2002, o último antes dos pontos corridos, quando o Santos, que se classificou em 8º e último lugar, pelo saldo de gols (!), venceu angariando a torcida do país todo (inclusive a minha), com aquele time dos moleques (Robinho e Diego).

Pra terminar: o Flamengo resolveu homenagear a sua torcida e aposentar a camisa 12. Pfff. Ô marketing dos infernos...

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14.10.07

Sobre a pressão para ter filhos

Egon Schiele, "A família"


Outro dia fui almoçar com S. e E. Fomos ao Amir, o tal árabe da Praça do Lido de que eu já tinha ouvido falar tanto e nunca experimentado. Superou todas as expectativas, é mesmo espetacular.
Os dois são um casal nota dez, e são amigos próximos, principalmente ela. Do tipo, dificilmente passamos mais de 2 semanas sem nos falar. Ela tem 33 anos, ele é mais novo, acho que tem 28 ou 29, por aí.

Bom. Saindo do almoço, caminhando pela Av. Copacabana, ele me diz, como quem procura adesões: "Estou fazendo uma campanha para convencer S. a ter um cachorro." Eu tenho um problema em controlar minhas reações. Mandei na lata: "Um cachorro?! Ah, não acredito, pelo amor de deus, gente!" Felizmente meu problema de controle reacional não é tão grande, pois me controlei e não disse o que no fundo pensei: "Por que vocês não deixam de embromação e têm logo um filho?"

(E antes que me apedrejem: eu adoro cachorros, e por isso mesmo acho que duas pessoas que moram em apartamento e trabalham fora o dia todo não devem ter um.)

Ainda bem que não falei sobre isso dos filhos. Essa pressão é o que há de mais desagradável, e duvido que haja um casal com 30 anos ou mais que não tenha passado por essa situação diversas vezes. O mais comum é que a pressão não venha tanto dos amigos, mas sim das pessoas da geração anterior, pais, tios, amigos dos pais, até vizinhos etc. É foda. No fundo é compreensível que haja o questionamento ("como é, não vão procriar?"), mas, como tudo na vida, essa pressão pode ser exercida com mais ou menos noção. E aí a resposta pode vir também com mais ou menos educação.

Eu evito ao máximo tocar neste assunto, mesmo com meus amigos mais próximos, como S. e E. A minha gravidez faz com o tema venha à tona com um pouco mais de naturalidade, mas mesmo assim é delicado. Como diz H., "tocar nesse assunto é atiçar a ira dos Deuses do Constrangimento e eles costumam não brincar em serviço". É verdade. Além do mais, com o passar dos anos, mais e mais pessoas do seu círculo de amizade vão tendo filhos, e a peer pressure silenciosa é mais estrondosa.

Além da pressão natural do grupo, há, sim, a malfadada e maldita pressão do relógio biológico -- a evidência irrefutável que não se pode pleitear uma igualdade total entre os sexos. Homens podem ter filhos aos 80 anos, DNA do seu DNA. Mulheres não podem mais aos 50. Se isso não é injusto, eu não sei o que é injustiça. O diabo é ter que decidir mais ou menos até os trinta-e-poucos se você quer, algum dia, ter filhos ou não. Sim, a medicina evolui, é cada vez menos difícil engravidar com mais de 40, etc. e tal. Oquei. Ao mesmo tempo, imagino que aos 50 anos, já estando há uns quase 30 anos no mercado de trabalho, eu queira estar "em outra", curtindo a vida de outra forma. E nessa hora, lidar com os problemas de uma criança de dez... não sei. Esses são, claro, needless to say, meus questionamentos pessoais. Que afloram conforme chega a hora de me despedir da minha vida como ela é.
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Muito prazer, Obelix


Não, eu não descobri o segredo da elegância da gestante moderna. Sim, minha barriga é enorme e linda, ela só não se adequa muito bem às roupas que eu tenho. Em geral, me sinto mesmo uma barriguda mocoronga todos os dias. E a minha resistência às lojas de roupa para gestante é imensa, porque as coisas são carésimas e a perspectiva é de usá-las durante dois meses, no máximo. (Essa resistência se esvaiu um pouco quando minha avó me deu de aniversário uma bermuda da Mom's, simplesmente genial, linda e deliciosa. Mas atenção, se esvaiu só um pouco).

A atual moda das batas e blusas larguíssimas com calça legging veio bem a calhar. Batas e blusas até que tenho em bom sortimento. O problema é com a parte de baixo. As calças incomodam, mesmo aquelas que são de elástico. Porque colocar o elástico no meio da barriga incomoda. Embaixo da barriga também. Sobra então, tchã-rã, a opção acima da barriga. É isso, ameega, quero lançar para este verão a moda Obelix (trancinhas opcionais). Não de calças, porque não há gancho que chegue. Mas de saias, por que não? Tenho feito isso direto com as minhas saias mais compridas. Uma vez que passam pelo quadril e pela barriga, vão lá para logo abaixo do sutiã, com uma blusa larga por cima, é clara.

Chique no último.

8.10.07

Como renovar a sua biblioteca


Faça uma festa de aniversário e convite muitos amigos queridos.
Poderia fazer mais posts, como "Como renovar seu guarda-roupa", "Como renovar o guarda-roupa de sua filha ainda não nascida" ou "Como renovar seus acessórios", mas não o faço porque sei o que dá ibope mesmo é falar de livros. E esta foto é que ficou legal.
Interessante notar a crise da indústria fonográfica: pela primeira vez, não ganhei nenhum CD de presente.
Outra observação digna de nota foi que ganhei 3 camisolas lindas, de 3 mulheres que são mães e me disseram exatamente a mesma coisa: "é só o que você vai usar durante o primeiro mês".
O fato é que fiz 31 anos na sexta-feira, e já me peguei usando o vocativo "meu jovem" -- olha que coisa estranha.
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1.10.07

A hora da música lenta

Vi que o The Police vem fazer show no Brasil em dezembro. Um gancho tênue para mais post sem pé nem cabeça.
Nos meus anos de pré-adolescência, ali na segunda metade da década de 80, freqüentava muitas festinhas de aniversário. Matinês. Muitas vezes nos salões de festas dos prédios, outras em boates que exploravam esse filão pré-púbere -- e quem cresceu na Zona Sul carioca há de se lembrar de lugares hoje falecidos, como a Mikonos, a Vogue e a Circus. As festinhas eram das 16h às 22h, mais ou menos. Eram servidos uns salgadinhos, refrigerantes, uma coisa meio efêmera chamada Keep Cooler, e o grande sucesso, coquetel de frutas, aquela coisa horrível, rosa e doce. E ali ficávamos nós em grupinhos de meninos e meninas, arrumadinhos, com saias balonês e gel no cabelo (gel com purpurina, claro), fofocando e dançando músicas da Blitz e do Rick Astley, além da trilha sonora de Footlose.
Mas inesquecível mesmo nessas ocasiões era a sessão de músicas lentas. Nenhuma festinha, fosse em play ou boate, estava livre desse momento em que os coraçõezinhos se apertavam. E aí eu lembro de 3 canções imbatíveis e obrigatórias: Your Latest Trick (Dire Straits), Holding Back the Years (Simply Red) e Every Breath You Take (The Police). Bastava começar uma dessas para causar aquele frisson, com as meninas dizendo "ai, eu aaamo essa música!". Eu, que nunca fui de estraçalhar corações, dancei muitas vezes essas músicas, com os rapazes. Bem ou mal, sempre tive amigos meninos (mais uma vez a teoria do filho-único-criatura-social). Outras tantas vezes, tomei chá de cadeira. Your Latest Trick, com aquela clássica introdução no sax, foi "a" música com meu primeiro namorado -- e atire a primeira pedra quem não tinha aquele LP de capa azul, Brothers in Arms (released in 1985, 29 million copies sold worldwide, diz a Wikipedia).
Mas voltando ao Police. O fato é que hoje em dia, na minha aula de hidroginástica, a trilha sonora é quase sempre a mesma: um disco com vários antigos sucessos cantados pelo mesmo grupo (sei lá qual), ao vivo. Sabe aquele clima "O som do barzinho", em que um mesmo cara faz milhares de covers? É isso, só que em versão "O som do estádio". E aí no repertório tem Every Breath You Take, e pela primeira vez parei para prestar atenção na letra da música. Putz, é claro que não tinha como dar certo essa história de amor. O cara é um total obsessivo, um control freak, que persegue a moça onde quer que ela vá, chegando ao auge de usar a metáfora das respirações - Every bretah you take / Every move you make / Every step you take / I'll be watching you. Finalmente entendi por que a banda se chama A Polícia. É o Grande Irmão romântico. E a gente se esgoelava, Oh, can't you seeeeeee / You belong to meeeeee. Pré-adolescer não é fácil.
Achei, claro, os vídeos das músicas, seguem aqui embaixo.
Momento intimidade: e pra você, quais foram as músicas lentas mais marcantes?