27.4.10

Bons Ares

Vocês nem notaram, mas fomos passar o feriado prolongado (Tiradentes--São Jorge) em Buenos Aires. E foi aquela coisa: comer, beber, fazer compras, caminhar, dormir sem hora pra acordar. Ruim, não?
Então seguem as dicas:
Sarkis - comida árabe/armênia. Imperdível até para aqueles que não são grandes fãs de comida árabe, como eu (da culinária armênia não vamos nem falar, certo?). O melhor tabule de que se tem notícia. E uma salada deliciosa. Sabe aquele restaurante em que até o pepino é incrivelmente bom? É lá.
La Cabrera - considerada melhor lugar para comer carne argentina (parrilla), fomos com as expectativas altas e não saímos decepcionados. O tamanho dos cortes de carnes é de corar de emoção.
Sottovoce - italiano muito bom, tem um tiramisu de sobremesa que alimenta 4 famílias.
Brasserie Pétanque - típica brasserie francesa em San Telmo, com direito a bouef bourguignon, moules frites e outras francesises. Uma grata indicação que conseguimos em cima da hora via Aardvark (não conhece o Aardvark? mas é o máximo, funciona lindamente).
Caldén del Soho - churrascos e uma salada completa muy buena.

E na dúvida, consultem o completíssimo Guia Óleo (apelidado por marido de "Guia do Leo"), que tem tudo sobre todos os restaurantes de Bs As.

Os táxis continuam baratos, embora o preço do alfajor Jorgito tenha aumentado muito em comparação com 2006. E além da inveja do fantástico sistema cada-quadra-tem-100-números, desenvolvi também a inveja pelas faixas de pedestres nas quatro esquinas de cada cruzamento (e não somente onde tem sinal para carros, como aqui no Balneário). Ah, as coisas tão boas quanto simples...

Aperto mesmo, só de saudades dessa aqui.

19.4.10

Sebo

Contei aqui outro dia como estou cada vez mais desapegada dos meus livros. Por outro lado, ando cada vez mais apegada ao pouco espaço que ainda sobra dentro desta casa -- isso enquanto o/a novo/a morador/a não chega. E sejamos francos: livro ocupa um espaço danado.
Então resolvi me desfazer de tantos livros que não tenho mais qualquer perspectiva de reler (ou mesmo de ler pela primeira vez), e que muito dificilmente me serão necessários para qualquer coisa na vida. Já troquei uns dez deles no TrocandoLivros. Resolvi que vou tentar vender outros. A Estante Virtual permite que particulares coloquem gratuitamente até cem livros para vender*, e não devo ter mais do que isso para me desfazer, mesmo.
Porque é claro que tenho um carinho especial e até injustificado por alguns livros, e se vislumbro a mais remota possibilidade de um dia vir a querer ler, o livro fica. Tipo um que tenho, em inglês, sobre a Guerra do Peloponeso, que eu nunca li, mas quem sabe? Ou uma biografia enorme sobre Virginia Woolf. Esses ficam, bem como as três edições diferentes de Sagarana e duas de Grande sertão: veredas e as várias edições das peças do Nelson Rodrigues. Agora, aquele thriller dinamarquês apenas correto ou os Apocalípticos e integrados do Umberto Eco, esses podem ir, assim como um livro francês de fotos do Che Guevara, a Dieta de South Beach e o Rio das Flores que me deixou com raiva de tão ruim.
Isso posto, inauguro o Mini Sebo Terapia Zero, que vou alimentando aos poucos, na barra lateral aqui à esquerda, logo abaixo da listagem dos blogues sensacionais que acompanho. Visitem sempre, porque os títulos vão alternando e vou colocando mais novidades conforme tiver tempo e saco. Os livros estão todos em bom ou ótimo estado. Se algo interessar, mandem cartas para a redação (terapiazero-arroba-gmail-ponto-com) e combinamos formas de envio e pagamento. Coloquei links para os livros e preços que me parecem razoáveis -- mas no fundo, por 2 chopes e um bom papo o negócio está fechado a priori.
Pra terminar, um trecho (em inglês apenas) de um livro que estou lendo no trabalho (ainda não publicado nem no exterior, por isso não posso colocar título nem autoria) e achei bem apropriado.

She remembered one of her boyfriends asking, offhandedly, how many books she read in a year. “A few hundred,” she said.
“How do you have time?” he asked, gobsmacked.
She narrowed her eyes and considered the array of potential answers in front of her. Because I don’t spend hours flipping through cable complaining there’s nothing on? Because my entire Sunday is not eaten up with pre-game, in-game, and post-game talking heads? Because I do not spend every night drinking overpriced beer and engaging in dick-swinging contests with the other financirati? Because when I am waiting in line, at the gym, on the train, eating lunch, I am not complaining about the wait/staring into space/admiring myself in available reflective surfaces? I am reading!
“I don’t know,” she said, shrugging.
This conversation, you will not be surprised to know, was the impetus for their breakup, given that it caused her to realize the emotion she had thought was her not liking him very much was, in fact, her not liking him at all.



*Mas não se iludam, porque é uma burocracia danada para liberarem seu status de vendedor, tem que mandar documentos por fax (!) -- mandei na quinta e até hoje meu cadastro não foi liberado.

16.4.10

Nasceu!

Ok, o título é só para chamar a atenção.
Não foi o bebê que nasceu, claro. Só tem 12 semanas, 5,7cm. Minha vida de prenha ainda vai durar muitos meses.
Mas não deixa de ser um nascimento, depois de quase 3 anos de gestação. Já em maio de 2007 eu falava a respeito. Em agosto do mesmo ano, eu escolhia o pseudônimo Mathilde, em homenagem à primogênita.
E agora, finalmente, foi parido.


O livro é bom, gente. Pode não ser a leitura mais leve do mundo, mas tem histórias muito boas e interessantes. Para quem se dedica a essas questões de psicanálise e/ou de feminismo, é um tiro certo.
Pena que seja tão caro -- mesmo levando em conta suas imodestas 762 páginas, mais cadernos de fotos. Mas olha, na Saraiva está em promoção.
.

12.4.10

Ditadura Wide






Já repararam que não existem mais monitores novos para vender que não sejam Wide screen? E já repararam que os wide screen menores são terrivelmente curtos verticalmente? Será possível que todo mundo ache melhor assim? Eu não consigo me adaptar.
Tenho em casa um monitor de 17" Samsung dos antigos, tipo 4:3. Mas no trabalho, eu tinha um wide de 17" que era totalmente impossível de tão baixinho - absolutamente desproporcional. Tive de reconfigurar uma porção de coisas para que ficassem espalhados horizontalmente. Agora consegui trocar para um 19", mas igualmente Wide, e só um pouco menos baixinho. E o pior é que tem poucas opções de resolução de tela. Muito poucas. Então para ficar tudo na proporção certa, fica tudo minúsculo. Para aumentar o tamanho, fica tudo distorcido e achatado, como num daqueles espelhos de parque de diversões.
Para ler texto e trabalhar com planilhas, o negócio fica complicadíssimo, porque é preciso rolar para baixo o tempo todo - os conteúdos simplesmente não cabem na área de display. E aí há que se fazer uma economia danada nas barras de ferramentas, colocar tudo numa linha só, sumir com a régua etc., que é pra não comer mais espaço na vertical.
O pior é ler longos textos, tipo livros inteiros. As linhas ficam compridas que não acabam mais, mas só se vê uma dúzia de linhas por vez. É page down o tempo todo.
Eu não entendo é por que essa ditadura Wide. Será possível que 100% dos usuários de computador usem suas máquinas para ver filmes e jogar games (aspectos em que o formato 16:9 faz sentido)? Ninguém trabalha com texto?!
Quero minha máquina de escrever de volta!
.

9.4.10

Diálogo

-- Mathilde, você quer ter um irmãozinho?
-- Não, obrigada.

Pano rápido.
.

7.4.10

Ressuscitando uma velha tag há muito esquecida

O que explica em parte o sumiço, pois nove e meia da noite tenho caído vítima daquele sono incontrolável -- quem já sentiu sabe como é.
Fora isso, muita fome, vontades esquisitas de comer batatas fritas e Doritos (!!), e o inconveniente de não poder comer sashimi nem beber à vontade (ainda mais depois que conheci DeuS, domingo passado -- uma verdadeira, como direi, epifania).
E acima de tudo, uma grande alegria.

Pra fins de outubro, gentes.
Outras novidades em breve.

.