29.12.08

Coisas bacanas

(Alguém há de ter percebido que estou tentando tirar o atraso de posts. Montes de assuntos, muitos dias sem atualizar blogue... Enfim, corra, Lola, corra.)

Não sou de campanhas ou abaixo-assinados virtuais, correntes de email, mensagens de fim de ano, avisos sobre novos golpes em caixas eletrônicos ou cartões de crédito, nada disso.
Maaaaas
Aqui vão duas coisas muito legais, pra quem ainda não sabe.
A primeira é o movimento 18 de dezembro. É uma rede de apoio a jovens israelenses que foram ou estão presos por se recusarem, por motivos ideológicos, a prestar o serviço militar obrigatório. Acho uma causa muito válida. Para visitar o site, clique aqui.


A segunda é a EPM. Conheço o projeto e recomendo a todo mundo que gosta de música popular brasileira. Seja para ser aluno, seja para aparecer lá apenas para assistir. Pena ser só no Rio de Janeiro.
Estão abertas, pelo site www.escolaportatil.com.br, as inscrições para o ano letivo de 2009 da mais importante escola de música popular do Brasil. Em atividade desde o ano 2000, a Escola Portátil de Música tem como foco o ensino da linguagem do choro. Serão oferecidas oficinas de instrumentos (violão, cavaquinho, pandeiro, flauta, bandolim, clarinete, saxofone, trompete, trombone, tuba, percussão, bateria, piano, contrabaixo, canto, canto-coral), aulas de apreciação musical, harmonia, leitura rítmica, composição, arranjo, improvisação, contraponto, produção fonográfica, solfejo, escrita para percussão, além de práticas de conjunto, como acompanhamento de samba, prática de regional, e o famoso Bandão, "o maior regional do mundo" (veja aqui e aqui). As aulas acontecem aos sábados, na Uni-Rio (Urca). Entre os professores da EPM estão Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, Cristovão Bastos, Pedro Amorim, Celsinho Silva, Oscar Bolão, Rui Alvim, Pedro Paes, Pedro Aragão, Paulo Aragão, Bia Paes Leme, Jayme Vignoli, Marcilio Lopes, Luiz Flavio Alcofra, Ana Rabello, Anna Paes, Amelia Rabello, Ignez Perdigão, Thiago Osório, Nailson Simões, Antonio Rocha, João Lyra, Jorginho do Pandeiro, Naomi Kumamoto.

Mais um serviço Terapia Zero.

Da série Diálogos verdadeiros via chat telemarketing


Com a OI

Ana MArcia: Olá Anna, em que posso ajudar?

Anna V.: Quero migrar meu velox para o plano 1 mega com ligações ilimitadas fixo-fixo. É possível? Meu número é 21-XXXX

Ana MArcia : olá boa tarde

Anna V.: Quero migrar meu velox para o plano 1 mega com ligações ilimitadas fixo-fixo. É possível? Meu número é 21-XXXX

Ana MArcia : oi boa tarde

Anna V.: Quero migrar meu velox para o plano 1 mega com ligações ilimitadas fixo-fixo. É possível? Meu número é 21-XXXX

Ana MArcia : boa tarde

Anna V.: Vc não está recebendo minhas mensagens?!

Ana MArcia : sim boa tarde

Anna V.: Pode responder?

Ana MArcia : boa tarde

Anna V.: Pode responder algo além de boa tarde?

Ana MArcia : para migra entre em contato com o suporte técnico 0800565658

Anna V.: Quero saber se essa velocidade está disponível na minha linha

Ana MArcia : Um momento, por gentileza.

Anna V.: No telefone me disseram que a migração é feita apenas pelo site!

Ana MArcia : Um momento, por gentileza.

Anna V.: ok

Ana MArcia : Obrigado por ter aguardado.

Ana MArcia : você já tem velox?

Anna V.: sim

Ana MArcia : sua linha tem disponibilidade sim para velox TERMINAL APTO PARA VELOCIDADE ATÉ: 8MB

Anna V.: ok, obrigada. para migrar então tenho que ligar para o suporte?

Ana MArcia : a migração você tanto pode fazer no suporte técnico 0800 56 56 58 ou com a loja oi.

Anna V.: o que preciso levar na loja oi?

Anna V.: para fazer essa migração?

Ana MArcia : os seus documentos originais.

Anna V.: quais?

Ana MArcia : não sei quais são.

Anna V.: e onde encontro os endereços das lojas?

Ana MArcia : você esta em qual cidade?

Anna V.: rio

Ana MArcia : não sei qual o endereço pois não moro no Rio de Janeiro.


Precisa continuar?!

Gostar é reconhecer

Já dizia alguém, sei lá quem, um desses teóricos da sociedade de consumo.
Gosto muito dos blogues linkados aqui à esquerda. E, claro, um dos motivos é que me reconheço um vários deles.
Tome-se por exemplo este post da Frida Helê sobre Brothers and Sisters. Poderia eu tê-lo escrito. Não cheguei a ponto de pegar a caixa na locadora, perdi vários episódios, principalmente da primeira temporada. Mas, como em qualquer novela, isso não importa, no capítulo seguinte você já deduziu e entendeu tudo que perdeu. A verdade é que gosto muito da série, pelos mesmos motivos citados pela Helê. Tanto que, nas noites de quarta, Marido já sabe que "vou ver minha novelinha americana". Também continuo fã de House, é claro. E também acho que uma vez por semana é ideal para esse tipo de dramaturgia. De resto, tenho que confessar que:
- gosto mesmo é da Kitty e do Kevin
- adorei esse reencontro com Rob Lowe, meu super ídolo do tipo poster na parede do quarto preso com durex de quando eu tinha 12 anos
- acho muito estranha aquela Holly que fala com o queixo projetado pra frente
- detesto aquela Julia, mulher do Tommy; aliás, casalzinho chato toda vida
- quando vejo aquela Sarah super linda e competente tenho vontade de fazer vestibular para administração de empresas e me tornar presidente da Ojai Foods
Pronto, falei!

Outra sintonia fina esta semana foi com este post da Deh sobre lista de material infantil do maternal. Mathilde começa na creche na primeira semana de janeiro, e a lista de material... Gente! Na verdade são duas listas: uma de material individual (fraldas, mamadeiras, mudas de roupa etc.) e outra de material "comunitário". Preciso me atualizar. Tem muita coisa ali que nem sei o que é. Fitilho, TNT... Como diz Marido, "na minha época, TNT era dinamite". Era mesmo, e do desenho do Coiote. E se serve de consolo, Deh querida, além da mega lista, que inclui até mesmo "100 copos descartáveis para os eventos", ainda tem duzentoseoitentareais de taxa para o resto do material comunitário. $alve-se quem puder.

9.12.08

Naqueles dias

Então, depois de um longo e glorioso verão (tentativa de antônimo para "longo e tenebroso inverno") que durou incríveis vinte meses, recebi a visita do meu tio Chico.
Putz, vou te contar, já tinha até esquecido como é chato virar mocinha.
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8.12.08

Nem tudo está perdido

Porque ontem, na festa de aniversário de 8 anos de A., quando os animadores colocaram determinada música no som, a criançada em peso veio gritando palavras de ordem:
Sem Xu-xa!
Sem Xu-xa!

Lavou minha alma.

Porque na véspera fiquei desanimada com a notícia de que 75 mil pessoas foram ao Maracanã ver a chegada do Papai Noel de helicóptero, com direito a show de Kelly Key, Daniel, KLB e Xu-xa! 75 mil, catso!
Firmo aqui um compromisso público, pois dessa água não beberei jamais! Se algum dia souberem que eu fui ao Maracanã ver o Papai Noel, podem cortar meu dedo mindinho.
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6.12.08

Rua da Glória

É preciso tirar o chapéu para a Prefeitura (essa do apagar das luzes) da muy leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Pois conseguiram encontrar uma rua que nunca engarrafava. Então fizeram uma obra para aumentar a calçada que já era de uma largura mais que suficiente, e reduziram de quatro para duas pistas de rolamento. E se ao menos tivessem colocado ciclovias pelos lados, mas nem isso: só mais vaga$ para estacionamento. O resultado são magníficos engarrafamentos, a qualquer dia, a qualquer hora.
Vamos e venhamos: esses caras da Prefeitura são bons. Fazer uma barbeiragem dessa não é pra qualquer um. Requer técnica, prática e habilidade.

Desmandos à parte, nos últimos dois anos trabalhei na Glória, e me encantei pelo bairro. Apesar de meio suja e abandonada, a Glória tem um tremendo charme. Além de abrigar a Marina da Glória, o Outeiro da Glória, o Hotel Glória e a Taberna da Glória, ela tem uma elegância antiga que muito me agrada. Da Rua da Glória (agora com seu calçadão de um decâmetro e largura), ver a baía de Guanabara ao fundo e a Praça Paris no meio é um espetáculo. Várias vezes tive a impressão de que, dali, o céu era muito mais azul.

PS: Estou tentando inserir uma foto bonita da Glória, da Praça Paris, mas por algum motivo não está funcionando esta bodega. Alguém sabe o que é? É o Blogspot? Será a última atualização do Fire Fox que baixei ontem? Bom, o link para a foto é este aqui.

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4.12.08

D'além mar

Um post por dia, sim. Mas não precisa ser original, relevem, vá.
E hoje, cansada e combalida, só Rititi para me fazer dar risadas.

E, caminho de casa, lembrei-me dos mails, dos comentários, dos posts, da infinidade de blogues escritos por gajas que me perseguem como esquizofrénicas desde que engravidei, das piradas da mama, das fanáticas do parto natural, das alucinadas da naturalidade e de não ponhas creme não te vá sair o puto deficiente, das ciber-vizinhas que passam o dia na net à cata do que escrevem as más mães para imediatamente cagarem sentenças sobre a maternidade, o aleitamento, as creches, o tamanho das mamas, os lençois anti morte súbita, as versões para bebés de Morzart, os micróbios e os cabrões dos percentis, sempre à espreita, sempre à escuta, histéricas, malucas. Doentes. Sim, porque além da evidente falta de sentido de humor, da incapacidade de ler nas entrelinhas, da escassez de ironia e de inteligência, estas gajas estão doentes. Apresentam-se como as super-mães (e quantas delas não assinam como "mamã", "mãezinha", "mãefeliz", santo deus?), escarrapacham as fotos dos filhos desde que eram fetos, partilham com o mundo em geral e a blogosfera em particular pesos, medidas e as cores das merdas infantis, como se a vida se lhes fosse nas descrições das bronquiolites e das alergias e dando-se golpes de peito cada vez que expressam amor aos filhos (abusando de maiúsculas, exclamações e todos os sinónimos do verbo amar, não vá a gente ter dúvidas).

É uma praga mundial, hein. O tal coletivo de mães, como diz a Ângela. Assustador.
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3.12.08

11 meses

Linda morena
Morena
Morena que me faz penar
A lua cheia
Que tanto brilha
Não brilha tanto
Quanto o teu olhar

Hey Ho um mês antes!

O emprego novo não começa mais no dia de Iemanjá. Meus novos empregadores estão loucos por mim e me querem lá antes. Hoho. E eu que estava achando tão poético isso de Iemanjá.
Fico um pouco melancólica com a saída do meu atual trabalho. Gosto muito, tenho dó de deixar, sabendo de tanta coisa que ainda precisa ser feita. Por outro lado, saindo agora acho que preservo os relacionamentos com pessoas muito especiais -- e também, ou por isso mesmo, muito difíceis.
Na verdade, minha vida profissional é uma bagunça completa -- bons trabalhos em áreas muito diferentes. Mas se tem uma coisa que me deixa feliz é que saio de cada um deles tendo aprendido muitas coisas importantes.
Ih, caramba, tá um baita diarinho isso aqui, hein? Nhé nhé.
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2.12.08

É a mãe! É a mãe!*

G. é minha grande amiga e comadre, e está entrando no oitavo mês de gestação. Temos muitas afinidades, é claro, em diversos assuntos, inclusive nessas lides de maternidade. Ela também é a favor de um enxoval anticonsumismo, não vai fazer as famigeradas lembrancinhas de maternidade, assim como eu vai herdar e pegar emprestado tudo o que for possível, e não vai fazer previdência privada para que o filho faça MBA e seja "um grande homem", como a criatura alguns posts abaixo.
Mas ontem, conversando nós duas, vejo como ela pretende fazer tantas coisas diferente do que eu fiz, em especial nos primeiros meses do bebê.
E mesmo assim, por um lado não enxergo isso como uma crítica tácita à maneira como lidei com essas situações; e por outro lado, não acho que ela esteja errada ao querer proceder como quer. Tenho certeza de que G. será ótima mãe. Em certos casos, a gente acerta até mesmo quando erra.
O que não quer dizer que toda mãe seja boa mãe apenas por ser 'a' mãe. Toda mãe é a única mãe que se tem, isso é certo. Pode haver 'co-mãe', como diz minha amiga B., 'co-mãe' de 3. Mas não se pode negar que há mães que fogem da raia. Mães que só querem ser filhas. E é inevitável que seja assim. Ser mãe -- stricto sensu ou lato sensu -- é uma encrenca danada. Não dá para fazer como meu amigo T., que, diante do caos da própria vida, disse para o irmão caçula e de vida (aparentemente) muito estruturada e bem-sucedida: "Chegou a hora de você virar o irmão mais velho." Sei lá. A maternidade é todo um estado de intensidade. Tudo é muito. Muito difícil. Muito bom. Muito muito. Muito.

*Isto é um palíndromo.
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1.12.08

Hey Ho Let's Go

A coisa da rotina do post diário não está muito católica, hein?
Mas vamos lá, são bons motivos.
Por exemplo, ontem marido e eu despachamos Mathilde com a avó e atravessamos o túnel para almoçar. Fomos conhecer o Aconchego Carioca, na Praça da Bandeira, bar-restaurante que anda super badalado. Fez jus, viu. O tal bolinho de feijoada é mesmo isso tudo que dizem. O clima é aprazível, tem uma variedade imensa de cervejas importadas e nacionais, a comida é ótima. Pode ir sem medo de ser feliz.
Outro exemplo: arranjei um novo emprego. Justo quando eu me preparava para sair a campo procurando um novo trabalho, caiu de pára-quedas na minha caixa de entrada um e-mail. Belas coincidências (sim, porque eu não creio em nada além de coincidências). Começo ano que vem, no dia de Iemanjá. O que só pode significar coisa boa.
Por conseqüência: tenho de trabalhar para caráleo se quiser dar conta de todas as coisas que tenho atualmente em curso.
Então vamos lá.
(E ainda por cima já é Natal!)
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