A Meg disse o que eu estava querendo dizer:
Eu queria fazer uns comentários inteligentes e sarcásticos sobre o acidente aéreo, a morte do ACM, as últimas declarações do Papa, e mais uma meia dúzia de coisinhas. Mas como não tem quase ninguém vindo aqui nas férias, me deu a maior preguiça.
Fica pra depois.
Ou não.
Aí então, em vez disso, conto essa história que ouvi na terça, o dia do desastre do avião. Teoricamente aconteceu com um conhecido de um amigo de uma amiga, mas mesmo que não tenha sido assim, se non e vero é tão trovatíssimo nesse teatro do absurdo que a gente vive, que vale o post.
O cara estava no ônibus. Chegou perto do seu ponto, levantou e puxou a cordinha, dando o sinal para saltar. Segundos depois, três caras anunciam aos berros:
-- Perdeu, perdeu, todo mundo quieto e passando a grana agora!
Sem se abalar, o cara, já em pé, cutuca um dos assaltantes:
-- Com licença, eu puxei a cordinha antes de vocês anunciarem o assalto, por isso tenho direito de descer agora.
Tomado pelo espanto, o assaltante considera a questão. Confabula e debate com os colegas. Enfim resolvem.
-- Tudo bem, tá certo mesmo, pode descer.
O cara desce. E quando pisa na calçada, ouve lá dentro do ônibus.
-- Bom, mas agora é sério, hein! acabou a brincadeira, todo mundo passando a grana, relógio, celular!
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