6.9.07

Pedagogia da chinelada

Marido e eu costumávamos ver, de quando em vez, o programa da SuperNanny na TV, morrendo de rir das crianças absolutamente descontroladas e tirânicas perante os pais inertes e bananas. De uns tempos pra cá, é claro, nossa percepção sobre o programa e sobre as atitudes dos pais mudou um bocado.
Então quero saber: Você acha que palmada educa? Uma surra de vez em quando é necessária? Castigo é mais eficiente?
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11 comentários:

Anônimo disse...

Oi Anna!
Tivemos uma historia parecida com essa! Assitiámos a esses programas e ficávamos nos perguntando se bater valia a pena!
Mas eu discordo que palmada faça algo mais do que ensinar violencia às crianças... Não quero parecer psicologa de botequeim mas não quero ser temida e sim respeitada o que é bem diferente!! Quem bate, na minha opinião, perde o respeito!
Quem grita perde a razão acho que temos que manter as crianças numa rédea curta e não soltar pra depois ter que bater para ela se "ajeitar"... Aqui em casa a disciplina, começou na primeira semana de vida... Hoje com um ano e sete meses, tá começando a fase da birra, nós dizemos não, chora consolamos mas ordem é ordem, ninguém modifica a ordem por causa dos bicos , choros e cenas que o pequeno faz... Acho que é isso, somos contra a violencia de onde quer que ela venha!

Anônimo disse...

A violência não leva a nada, mas uma palmadinha leve de vez em quando talvez tenha algum papel com crianças pequenas, que já aprontam mas não ainda não têm capacidade de entender uma argumentação mais elaborada.

É quase como um adestramento. Depois que a criança está crescida, já dá pra fazer com que ela entenda os fundamentos da autoridade.

Anônimo disse...

A "paudagogia" funciona sim!!! Olha, ninguém está falando em espancar, lógico, mas é necessária uma palmadinha de efeito moral. Nada de banalizar. Creio mais ainda na bronca bem dada e no castigo cumprido, sempre com muita explicação, claro, porque diálogo é fundamental e criança precisa muito aprender o que está errado.

Isabella Kantek disse...

Meu avô batia na minha mãe que batia em mim e a história pára por aí. Qualquer tipo de violência me faz MUITO mal.
Hoje, quando mãe e eu conversamos e discutimos essas questões nos damos conta do quanto amadurecemos. Ela não acredita em palmada mais e eu acredito no amor e na maternidade que fez com que eu compreenda melhor os porquês e tantas coisas na minha educação.
(agora que esses pequenos sabem nos tirar do sério eles sabem!) rss

Anunciação disse...

Não acredito na eficiência pedagógica da pancadaria e espancamentos,mas tenho uma historinha da minha caçula,hoje com 20 aninhos que era pequena mas se lembra do episódio.Ela simplesmente deu um "ataque"no meio da rua,se jogou no asfalto,gritando e esperneando pq queria continuar na casa do avô.Não tive dúvidas;não havia tempo pra argumentos e conversa;duas chineladas na bunda resolveram o urgente problema.Claro que isso não era o hábito,mas naquele instante crucial deu certo.

F. disse...

Oi Anna, eu não tenho filhos, mas tenho cinco sobrinhos. A mais velha hoje tem 8 anos e o mais novo vai fazer 2 no fim do mês. Obviamente, jamais me passaria pela cabeça levantar a mão, nem meus filhos eles são. Mas sempre consegui estabelecer autoridade sem sequer levantar a voz. Minhas irmãs dizem que é porque eu não fico o tempo todo com eles, etc. Talvez. Mas o fato é que, quando eu peço para que parem de fazer algo errado, eles atendem na hora. E ainda sou o tio de quem mais gostam, porque brinco e dou muita atenção quando nos encontramos. Acho que o fundamental é a atenção e o respeito muito. Quando se consegue estabelecer essa troca, a palmada vira desnecessária.

Anônimo disse...

olá, ana.

não sou pai (tenho só 23 anos), e não levei muita surra quando era moleque. vendo amigos de infância, hoje adolescentes, que cresceram sendo surrados pelso pais, alguns espancados mesmo, só posso concluir que é uma balela essa de educação pelo chinelo.

desses amigos, um morreu envolvido com drogas, outro está preso, outro pai de três filhos e desempregado e outro está sendo procurado pela polícia. pode ser que haja exceção à regra, mas eu não conheço nenhuma.

abs.

anna v. disse...

Bom, é claro que ninguém em sã consciência defende o espancamento como método e rotina. Mas casos como o que a Anunciação citou são exemplares. São emergências. Primeiro, porque crianças não são bobas e estão o tempo todo testando os pais. Segundo, porque os pais são seres humanos, sujeitos a melhores e piores dias. Um amigo pai de dois filhos (de 20 e 16 anos) me deu um sábio conselho: você falou, ela não obedeceu na primeira vez, não obedeceu na segunda, não obedeceu na terceira, dê logo uma palmada. Porque se você espera falar pela décima vez, você fica tão irritada que acaba perdendo a medida da força, e é muito pior e mais traumático. Sei lá, fez sentido, apesar de eu sentir meu coração apertadíssimo só de pensar...

Cam Seslaf disse...

Eu só apanhei uma vez na vida (tirando alguns puxõezinhos de orelha), mas *nunca* mais esqueci. Minha sensação é que quase sempre a coisa é desproporcional ao incômodo causado pela criança, embora eu consiga entender perfeitamente momentos de exasperação causados por crianças exasperantes.
Talvez o segredo seja evitar que os filhos cheguem a esse ponto. Essas crianças do Super Nanny são quase selvagens, pelamor. É lógico que *deixaram* que elas ficassem assim.

Sweet! disse...

Bom, nem vou entrar no mérito justíssimo de que a violência provoca danos irreparáveis, mas o fato é que, no início da minha vida de mãe, eu acreditava em palmadinha (tenho uma filha de 9 anos). Depois, vi q não adianta nada. Talvez surra só funcione se for surra mesmo, e traz outras consequências indesejáveis. Então, palmadinha, não funciona. Castigo, no fundo no fundo tb não funciona, mas pelo menos é uma forma de demonstrar q há hierarquia (isto é necessário, creia-me!) sem maiores problemas. Só que, com o tempo, o castigo passa a ser digerido pelas crianças sem nenhum problema. Pelo menos é minha impressão.

Uma cara feia q a criança compreenda perfeitamente e um bom grito (tb tem más consequências, mas enfim...) tem funcionado para mim. É porém meio estressante pros pais.

O bom mesmo é a criança entender as coisas. Elas entendem. O problema é q as crianças de hj são criadas para ser independentes, e eu acredito q é bom q seja assim. Daí, nos primeiros anos, os pais tem q "rebolar" um pouco para manterem a moral, kkkk.

Sobre este fato q Ferdi contou, esteja certo q ocorre pqe ele ñ convive com as crianças diariamente, kkkk.

Sobre o q contou a Anunciação, crianças não podem chegar a este ponto, definitivamente. Portanto, eu acho q ela agiu bem. A minha nunca fez isso, mas se tivesse, acho q teria feito o mesmo.

Há uma situação em q eu usei, não palmadinha, mas tapinha na mão, e funcionou. Qdo filhota era bebê, e ia para tomada, eu dava uma tapiinha na mão. Condicionou. Ela nunca mexeu em tomada, depois de algumas vezes. Pqe bebê é como bichinho, kkkkk! E nem ficou com medo de tomada, hj liga e desliga tds.

Bjs e boa sorte.

Anônimo disse...

Uma chinela de couro rasteirinha me colocava na ordem e hoje é o que tá faltando nessa molacada