Tive uma performance carnavalesca pífia nesse 2007. Muito aquém da foliã de outros carnavais.
Domingo - Cordão do Boitatá. Acordamos cedo para pensar nas fantasias (nota zero em planejamento). Resgatei do armário um figurino da época em que eu cantava no grupo de música medieval (no século passado). Um camisolão furta-cor até os pés, com umas mangas e adereços em azul, parecendo umas redes de pesca. Não dava para entender bem qual era a fantasia (que eu batizei de meio-século XIII-meio-bispo-do-rosário), mas pelo menos ficava claro que sim, tratava-se de uma fantasia. Não me toquei que era uma roupa absurdamente quente, e lá fui eu, às 10 da manhã, para a Praça XV. Um calor dos infernos, sol na moleira, uma multidão na praça e quase nenhuma sombra disponível. Lugar pra sentar, nem pensar. Verdade seja dita, a gente vai ao Boitatá muito mais pra encontrar os amigos do que pra pular carnaval. Durei pouco por lá.
Segunda - Rancho Flor do Sereno. Há vários anos, o melhor do carnaval. Em 2007 não foi diferente. Uma orquestra de verdade, em plena Copacabana, tocando músicas ótimas, à noite (sem sol!), deu pra dançar, cantar e pular. Sim, estava mais cheio do que o desejável, mas não dá mais pra evitar a superlotação do carnaval de rua carioca, não é mesmo? Pena que fiquei uns trinta minutos na fila para o banheiro do posto de salvamento da praia, perdi boa parte do segundo set.
Terça - Bloco da Ansiedade. Adoro esse bloco de frevos das Laranjeiras, mas este ano estava tão mais cheio do que nos outros anos, que mal consegui ouvir os músicos (que vão no chão, sem amplificação). Aí teve momentos em que mais parecia uma procissão do que um bloco -- todo mundo andando junto, ouvindo só muito ao longe umas percussões. Uma pena.
Sei lá, acho que em 2008 foi comprar uns engradados, ligar o ar condicionado e chamar os amigos para vir aqui em casa beber e bater papo.
Putz, idade é uma coisa séria.
Um comentário:
Minha performance também deixoouuuuuuuu a desejar!
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