12.1.11

Insônia tão injusta

Então Oliver costuma acordar uma vez no meio da madrugada para mamar, algo entre 3 e 4 da manhã. Aí é aquela função, mamar, trocar fralda, fazer um gugudadá básico, e dar mais um leitinho para nocautear a criança, que dorme de novo com aquela cara deliciosa de quem comeu 4 pratos de feijoada com 8 capirinhas. O processo todo leva de 30 a 40 minutos.
O problema é que depois sinto uma dificuldade enorme para pegar no sono outra vez. Fico rolando na cama, e quando vejo são 5 da manhã. E aí é angustiante, porque quanto mais penso "tenho que dormir AGORA", menos sono consigo sentir. (É meio como ir a um motel e se sentir na obrigação moral e pecuniária de experimentar o mais fantástico sexo de sua vida.)
Durmo um pouquinho, e lá pelas 6:30 Oliver ou Mathilde já estão acordando de novo -- às vezes ela vem para a nossa cama, e agora está tirando a fralda da hora de dormir, então já viu a tensão.
Resultado, durmo pouco, e passo o dia num mau humor de cão. E às 9:30 da noite já estou morrendo de sono novamente.
E os livros para ler, os filmes para ver, os posts pra escrever ficam no caminho. Estou com um post sobre o 2666 do Roberto Bolaño na pasta dos rascunhos há semanas, e não consigo terminar. E queria escrever sobre uma porção de outros livros, mas cadê.
Cansa, viu, essa fase heroica da vida da pessoa.

2 comentários:

Isabella Kantek disse...

Repita comigo "vai passar, vai passar ...".

:)

Helê disse...

"...a criança, que dorme de novo com aquela cara deliciosa de quem comeu 4 pratos de feijoada com 8 capirinhas."

hahahahaha, muito bom isso! A cara é essa mesma!Eu lembro.