1.8.12

Por que os e-books no Brasil não vão decolar enquanto a Amazon não começar a operar

A questão do espaço (ou da falta dele) é central na discussão dos e-books
E-books para mim são um tema cotidiano. Lido diariamente com a compra de direitos de publicação de livros no Brasil, e já faz algum tempo que essa negociação necessariamente envolve os "e-rights", que são direitos para formato eletrônico. Na editora onde trabalho já vendemos desde 2010 edições eletrônicas de diversos títulos do catálogo, e como acompanho sempre as vendas, sei que os números são pífios, realmente desprezíveis.
Nos Estados Unidos os e-books já representam uma parcela muito expressiva do faturamento das editoras, e se não me engano as vendas dos eletrônicos já superam as vendas das edições em capa dura (porque lá existe um diferença clara entre a edição capa dura, a brochura e o livro de bolso). E nós aqui estamos sempre nos perguntando quando é que esse negócio vai deslanchar no Brasil. Porque, claro, o livro eletrônico representa uma mudança muito expressiva na indústria do livro. Não só você acaba com o enorme problema da logística e o monumental custo do frete, como também você deixa de ser obrigado a apostar numa tiragem específica. Isso é muito relevante, porque o preço de um livro impresso está diretamente ligado à sua impressão e tiragem. Quanto maior a tiragem, menor o custo unitário, menor portanto o preço de capa. Mas... maior o custo de estocagem caso o produto não seja um sucesso.

A visão do depósito de uma grande editora é sempre impressionante.

Então tiragem está diretamente vinculada a preço do livro, e tiragem simplesmente não existe no livro eletrônico. É uma imensa quebra de paradigma, pois ainda hoje toda a indústria é voltada para essas grandes apostas, os blockbusters que saem com uma tiragem inicial enorme, para assim inundar as livrarias com pilhas do livro. Outra coisa que muda com o livro eletrônico é o triste fenômeno do "livro esgotado". Mesmo que a demanda por certo livro tenha deixado de ser expressiva o bastante para justificar uma reimpressão, o livro eletrônico pode sempre ser adquirido, pois seu custo de armazenagem num servidor é desprezível. É aquele conceito da cauda longa, de vender poucas unidades de uma variedade muito grande de produtos.
Por esses motivos e outros eu sou, desde a primeira hora, uma grande entusiasta do livro eletrônico -- obviamente como mais uma opção de formato, e nunca à custa do fim do livro impresso, que esse eu não acredito que vá ter fim nunca --, e acompanho o debate sobre preços, modelos de pagamento de royalties etc. com muito interesse.

Este é o modelo que eu tenho do Kindle - um dos mais antigos.

Sou maior entusiasta ainda do Kindle, o leitor de e-books da Amazon. O Kindle é o melhor leitor de e-books que eu já vi. Ele é confortável de segurar, de ler, fácil de utilizar, mais fácil ainda de comprar qualquer coisa por ele, a interface é amigável etc. No entanto, o Kindle só lê o formato azw, da Amazon. Você não pode comprar um e-book em outro lugar e ler no seu Kindle. (Pode, no entanto, enviar para o Kindle arquivos pessoais, como PDFs e Words, que ele converte e transmite instantaneamente. Eu uso demais essa função (Kindle personal documents) para ler os manuscritos que recebo, e funciona maravilhosamente bem.)

Tablets também popularizam os e-books

Tenho também um tablet, um Galaxy Tab rodando sistema Android, e leio muitos documentos nele também, mas ainda acho o Kindle infinitamente melhor como experiência de leitura (pelo tamanho e peso, pela duração da bateria (meses!) pelo fato de não gerar luz própria como o tablet, e porque ele não tem nenhuma outra função que me distraia da leitura).

Eu amo o Kindle, mas tenho muitas restrições ao modelo de negócio da Amazon, que abaixou tremendamente o preço dos livros (físicos e eletrônicos), vendendo abaixo do custo e com isso dizimando a concorrência e alterando a percepção de valor que o livro tem. No frigir dos ovos, sou uma feliz cliente da Amazon, mas entendo que, para o negócio como um todo, é uma empresa predatória e o resultado que se está vendo nos EUA (inclusive um longo processo judicial que está rolando lá contra as grandes editoras que fecharam contratos limitando o desconto que a Amazon poderia dar para e-books) não é nada bom. Essa é uma longa discussão e fica para outro chope.
Mas o que não se pode negar é que a experiência de consumidor na Amazon é sensacional. Não só eles vendem tudo sem criar qualquer obstáculo -- basta ter qualquer coisa minimamente semelhante a um cartão de crédito, emitido em qualquer país -- como têm um sistema de recomendações muito eficiente, e ainda por cima o atendimento ao consumidor é, literalmente, uma coisa do outro mundo.


Jeff Bezos, dono da Amazon, virou uma espécie de vilão do mercado editorial americano
Dito isso, o que eu realmente queria contar é que ontem, pela primeira vez, eu resolvi comprar um livro eletrônico brasileiro. Curiosa para ler os assim-chamados "melhores jovens escritores brasileiros", fui ao site da Saraiva, a maior rede de livrarias do Brasil, e comprei a edição e-book da Granta 9, tão comentada por aí. Sabia que não poderia ler no Kindle, mas podia ler no tablet. A compra em si não foi complicada. Já sou cliente da Saraiva.com, a operação foi simples. Depois de comprar, descobri que teria de baixar, no computador, o programa Saraiva Digital Reader.

Ô programinha ruim!
Ok, cliquei no botão para iniciar o download, e descobri que trata-se de um programa de 62Mb! Baixei, e descobri que também é preciso se cadastrar num troço chamado Adobe Digital Edition (ou outro nome semelhante, já não lembro mais). Assim o fiz, me loguei e consegui fazer com que o arquivo da Granta aparecesse na minha Biblioteca dentro do Saraiva Reader. Porém (ah, porém) quando abri o e-book, era chocante: uma massa de texto que ia de um extremo a outro da tela, em Times New Roman corpo 12 e entrelinha simples. Absolutamente ilegível, sem formatação, um mico total. Mas tudo bem, pensei, no tablet não vai ficar assim tão ruim. Então tive de baixar o aplicativo do Saraiva Digital Reader também no tablet (15Mb), e foi aí que a coisa realmente ficou complicada. Porque o aplicativo baixou e abriu numa boa, mas para ler a bendita Granta eu precisava entrar com meu login e senha, uma operação simples, mas que não funcionou de jeito maneira. Eu colocava o e-mail e a senha, clicava em Entrar, ele dizia "Verificando...", e voltava para a mesma tela pedindo e-mail e senha. Não dizia que estava incorreto ou inválido, simplesmente voltava, não entrava.
Oh céus, pensei, vai começar. Entrei no SAC da Saraiva pelo chat e fui atendida em uns poucos minutos. Expliquei o problema à atendente, que me pediu o meu CPF. Depois que informei, ela disse: tem 2 endereços de e-mail cadastrados à sua conta: xxx@ig.com.br e xxx@yahoo.com. Achei aquilo surreal, pois esse e-mail do ig está inativo há pelo menos dez anos, e de lá para cá fiz dezenas de compras pelo site da Saraiva com o outro e-mail. Expliquei isso para ela, que respondeu: estou solicitando a exclusão deste e-mail velho. Posso ajudar em algo mais? - Como assim?, teclei. Claro que pode, pode ajudar a resolver o problema que eu lhe informei, ora, e que nada tem a ver com endereços de e-mail. Ao que ela retornou com a incrível solução de solicitar outra senha para a minha conta! E assim fez, a despeito dos meus protestos, de tal forma que eu não conseguia mais entrar na minha conta nem pelo tablet e nem pelo site, porque a senha de praxe não valia mais, e a nova não chegava no meu e-mail. Passaram-se horas, e a senha não chegou. Liguei para o SAC da Saraiva (o número de São Paulo, com DDD, porque o 0800 para outras cidades não funciona) e expliquei tudo ao atendente, que então me disse que solicitaria novamente o envio de uma senha.
Essa nova senha chegou às 19:15 (a compra do e-book foi às 10:46), de modo que só hoje pude experimentá-la no tablet, o que obviamente não resolveu nada, o problema continuou igualzinho.
Peguei um café, me muni de toda a paciência disponível no meu ser, e liguei de novo para o SAC (tentei de novo o 0800, mas é porque eu sou teimosa, só o número comum de São Paulo é que funciona mesmo). Expliquei tudo de novo ao atendente, que então sugeriu que eu desinstalasse o aplicativo do tablet e instalasse novamente. Não acreditei que isso fosse dar certo, porque afinal o aplicativo funcionava (eu conseguia ler as amostras grátis que vêm instaladas, por exemplo), mas não quis ser antipática e fiz o que ele sugeriu. Que, claro, não funcionou. Então a única opção que o atendente me deu foi mandar um e-mail para o digital@livrariasaraiva.com.br, porque o atendimento para e-books é feito exclusivamente por e-mail. Mandei um e-mail hoje às 10:30, que me foi respondido às 18:13, pedindo screenshots da tela com o problema. Atendi prontamente, e de fato logo recebi uma resposta, sugerindo que eu clicasse num ícone tal e mandasse o aplicativo "atualizar". E voilà, não é que funcionou?! Então, cerca de 35 horas depois de comprar um e-book, pude abri-lo no tablet.

Meu primeiro (e último?) e-book nacional foi para conhecer mais da nova literatura nacional 
Bem.
A Granta é uma coletânea de textos de diferentes autores. E a primeira coisa que eu reparei no meu tão batalhado e-book é que não consegui encontrar um sumário. (Minto: a primeira coisa foi o alívio de ver que era o livro formatado, como o impresso, e não aquele Times entrelinha simples que vi no computador.) Tampouco achei onde clicar para ir para o final do livro, ver se o sumário estaria no fim. Não vi uma barra de progresso, mostrando em que ponto do livro você está. Depois, para meu grande espanto, vi que fazendo aquele movimento de afastar os dedos em cima da tela, o texto não muda de tamanho, não aumenta nem diminui. E o pior é que não consegui achar uma barra de configurações onde regular isso. Fiquei algum tempo incrédula, até que por fim esbarrei sem querer no topo da tela, e finalmente ali apareceu a barra onde tem tudo isso: sumário, progresso do livro, tamanho da fonte, marcadores, anotações, está tudo lá, só fica muuuuito escondido. Mas ele dá pau quando mando aumentar o tamanho da letra e mudo de página. Travou três vezes por esse motivo. E a conversão para e-book não é bem feita: o número das páginas cai em cima do texto.
Tendo passado por esse périplo, mesmo com final modestamente feliz, não sei se voltarei a comprar outro e-book tão cedo na Saraiva. Dizem que o aplicativo da Cultura é ainda muito pior, e são essas as duas principais redes de venda de e-book do país. A diferença em relação ao que a Amazon oferece por um preço menor é tão gritante, que não me admira absolutamente que os números de venda de e-books ainda patinem no Brasil. A baixa qualidade dos produtos e soluções (o Saraiva Digital Reader não é um bom leitor de e-books), a falta de preparo do atendimento ao consumidor, e os preços surrealmente altos dos e-books (eu tinha curiosidade de comprar o e-book dessa biografia do Getúlio Vargas lançada pela Cia das Letras, mas ele custa incríveis R$36,50 na Saraiva, que está vendendo a edição impressa, em promoção, por menos: R$35,80) selam, na minha opinião, o destino desse formato ao fracasso.
Dá para entender por que a Amazon quer tanto vir para o Brasil. Ela tem, aqui, todo um universo a explorar.
Repara nos preços

E para os heróis que chegaram ao fim deste longuíssimo texto: vocês já compraram algum e-book, na Amazon ou no Brasil? Como foi a experiência? Se não comprou, o que pensa do assunto?Comenta aí, vai.

14 comentários:

Marcus Pessoa disse...

Estou com um Galaxy Tab emprestado e ele tem instalado o Aldiko, que é o leitor de ebooks mais popular para Android e é compatível com o formato fechado da Adobe.

Não cheguei a comprar nenhum livro, mas carreguei alguns arquivos epub que achei por aí e gostei bastante da experiência. Pretendo comprar um Kindle assim que a Amazon chegar por aqui (dizem que ela vai vender o modelo mais simples por 200 reais, para popularizar).

Mas aí é que está. Se a Apple, que é a Apple, que praticamente salvou a indústria fonográfica, vende arquivos musicais sem DRM, por que motivo essas editoras / livrarias inventam de colocar formatos DRM incompatíveis entre si.

Pretendo, é claro, comprar livros delas quando tiver meu próprio tablet ou kindle, mas usarei imediatamente um programa (Calibre) que me permita quebrar a proteção e usar indistintamente em qualquer dispositivo. É absurdo eu ter um kindle e só poder colocar nele os próprios arquivos da Amazon. Ou então comprar livros da Amazon e ter necessariamente que usar o aplicativo deles no tablet, e não qual eu quiser.

A pior solução para evitar a pirataria é dificultar a vida de quem compra legalmente o produto. Porque quem pirateia não tem essas dificuldades...

Camila disse...

Moro na Alemanha e comprar ebooks brasileiros requer paciência. A Gato Sabido (comprada pelo Submarino) não aceita cartões de crédito emitidos no exterior. Na Saraiva só consegui comprar enquanto estava no Brasil, visitando meus pais (logando com meu endereço alemão sequer consegui baixar os livros gratuitos). A melhor experiência de compra foi na Cultura, que aceita cartões emitidos no exterior. A oferta não é tão ampla e os preços intimidam... Meu leitor é um Sony 650.

Daniel Banho disse...

Eu tenho um Kindle e compro tanto na Amazon (só livros em inglês até agora, infelizmente) quanto na Cultura, Gato Sabido e na Travessa.

Na Amazon, só alegria. Livros sempre muito bem formatados, perfeitamente compatíveis e recebidos em segundos direto no aparelho via wi-fi (comprando pelo aparelho ou pelo computador). Comprei recentemente On The Road, Black Dahlia e uma coletânea do H.P. Lovecraft. Experiência sem qualquer ressalva.

Nas brasileiras que eu citei não é tão simples, mas não as culpo, porque o serviço de venda, em si, é eficiente, sem maiores complicações (só faço uma ressalva quanto ao sistema de busca da Cultura, péssimo). O problema é o DRM, imposto pelo mercado, que me faz ter que quebrá-lo pelo Calibre (e toda vez que faço isso me sinto um pouco culpado, por mais que não acredite que tornar possível usar algo que eu comprei me faça infringir alguma lei).

Mas o que mais me incomoda é a falta de títulos em Português. Tomando por exemplo leituras pelas quais me interessei recentemente: Nelson Rodrigues simplesmente não existe em e-book (nenhum livro!), assim como Graciliano Ramos, Grande Sertão: Veredas, Cem Anos de Solidão, a maioria do John Le Carré... ou seja, as opções, basicamente, se resumem aos blockbusters ou títulos em domínio público. Isso sem contar alguns livros que até encontro, mas só em PDF (horrível pra ler no Kindle). Esse é o maior problema que eu enfrento.

Aguardo ansiosamente pela chegada da Amazon e que ela consiga um belo acordo com as editoras brasileiras pra que esse quadro mude.

Um abraço

vera maria disse...

Muito bom seu post, longo mas ótimo, e esclarecedor na medida certa. Comprei há pouco um samsung 6210 com tela de 7 que ainda estou namorando e descobrindo suas enormes qualidades: gosto muito do tamanho, da rapidez com que tudo abre(é o mais rápido de todos os meus aparelhos no acesso à internet), a imagem é ótima, tem programas até demais pra serem baixados, enfim, encantada com a gracinha.

Quanto a livros, baixei varios, acho que foi pelo aldiko, o programa dele, mas confesso que ainda não li nada, porque minha lista de livros de papel não para de crescer e preciso dar conta de alguns antes de começar outro vício, em outra midia, estou tentanto pelo menos. Até seu livro sobre as mulheres de Freud continua aqui e dele só li o prefácio, uma vergonha, porque é realmente uma coisa meio louca - eu tenho de confessar que sou viciada em livros, livros de papel e lindos e bons, aí começo e ler um e vejo os outros me olhando da mesinha, aí abro e ... bom, deixa pra lá.

De todo modo, parece que o kindle, apesar de todas as qualidades, não virá habitar minha modesta casa, livros só em inglês não é o meu caso, só depois que conseguir ler o Antinous (sic?), do Pessoa, no original ::))

beijos, beijo em mathilde e irmão fofo, clara

Lud disse...

Anna,
eu tenho um Kindle e amo de paixão. Quero dar um pra cada estudante brasileiro, rs.
Comprei no final de 2011, pelo correio. Ficou em 500 reais, o que não é barato, mas na época os e-readers brasileiros custavam tão ou mais caros.
Compro livros na Amazon, e é fácil, rápido e indolor. Também sou frequentadora assídua do www.gutenberg.org, que disponibiliza gratuitamente milhares de livros com direitos autorais expirados em vários formatos, inclusive o que o Kindle lê (.mobi).
Infelizmente, o esquema funciona bem porque eu leio em inglês. Estou ansiosa para a Amazon começar a vender e-readers no Brasil. E até considerando me tornar uma editora independente de livros digitais brasileiros. Que pagam mais aos autores do que os livros tradicionais, já que as despesas de produção diminuem!
É, também sou uma entusiasta.

anna v. disse...

Marcus, de fato não há justificativa para os DRM serem incompatíveis entre si. O esquema de marca d'água que vem nos e-books do Harry Potter se apresentou como uma opção interessante. O lance é que os autores, editores e agentes morrem de medo de acontecer com os e-books o que aconteceu com a indústria fonográfica.

Camila, é inacreditável que essas redes ignorem os brasileiros que moram no exterior, justamente um dos maiores públicos-alvos dos e-books brasileiros. Simplesmente inacreditável.

Daniel, a falta de e-books de autores nacionais ainda é muito pronunciada, mas acredito que seja uma questão de tempo. O surreal é o preço que se cobra. Erico Verissimo e JOrge Amado estão disponíveis em e-book, mas vá ver quanto custa comprar O Tempo e o Vento todo. Quanto a ler PDF no Kindle, eu mando pelo email kindle com o assunto "Convert" e o resultado não é perfeito mas é bastante satisfatório.

Clara, atire a primeira pedra quem não tiver, em sua mesa de cabeceira, uma angustiante pilha de livros não lidos... E que legal saber que você comprou As Mulheres de Freud! Tomara que um dia consiga ler.

Lud, exatamente. Eu digo hoje em dia às pessoas que o melhor investimento para quem gosta de literatura é um bom curso de inglês, para poder usufruir desses confortos. Sem dúvida, as editoras que trabalham exclusivamente com e-books vivem em outras realidade de custos, receitas e lucros.

Luis G. disse...

Mulher e eu temos um iPad, e compramos e-books (em inglês) pelo site do Kobo. Superconfortável para ler, fácil e rápido de comprar. Eu já tinha um pé atrás com a compra de e-books cá no patropi, mas seu texto foi a pá de cal, Anna. Grato por compartilhar. Abs.

Isabella Kantek disse...

Eu nunca comprei no Brasil, mas compro muito pelo site da amazon sem problemas. Transferência rápida e eu "já saio lendo". Acabei de ler que agora com o novo Kindle será possível emprestar livros digitais da biblioteca. Já pensou que maravilha!!

Annelise disse...

Anna, sou também feliz (felícissima) proprietária de um Kindle que é uma das paixões da minha vida. Compro muito na Amazon: livros físicos e virtuais. Acho o atendimento deles absolutamente primoroso e acho que o formato físico e virtual são complementares. O cloud reader, por exemplo, é muito bom e facilita a vida quando você quer consultar em um computador um livro técnico que comprou pelo kindle. Outra coisa que acho fantástico no Kindle é a leitura em voz alta do texto. A experiência de compra é muito boa também. E como você pode consultar o livro bem antes de comprar, faz com que você se sinta seguro de que o livro que está comprando é realmente o que precisa. Sou economista e muitos dos melhores livros na área ainda não estão disponíveis no Brasil. Na Amazon consigo "pesquisar" bem o livro antes de decidir pela compra. Sempre dá certo. Acho de um respeito muito grande com o cliente e não vejo o mesmo cuidado nas livrarias virtuais brasileiras.

Enfim, amo a Amazon de paixão. Amo, amo, amo.

Simone Miletic disse...

Optei pela compra de um Nook ao invés do Kindle por sua compatibilidade com maior tipos de arquivos. Desde então já comprei na Saraiva, Gato Sabido e Cultura. A Saraiva foi a que me deu mais trabalho, já que obriga esse passo a passo no Adobe, mesmo eu sincronizando o arquivo no Nook. Com as demais foi mais fácil.

O que ainda não me fez mudar de vez de formato foi continuar encontrando versões mais baratas em papel que em arquivo....

camila disse...

Gente, que engracado. tambem me chamo camila, tambem moro na alemanha e minha tentativa de experiencia com ebooks brasileiros tambem foi nesse gato sabido, que nao se completou pq farejei enganacao... eu sou uma feliz dona de kindle, o mais simples deles e nao troco por nada. assino meu economist e recebo por wifi por 10 euros por mes. alem disso praticamente qq livro q compro hoje, dou uma checada 1o se tem na amazom, pq costuma ser mais barato e chega na hora. fora que na proxima mudanca de casa, nao vai ter tanta caixa pesada!

englishnow disse...

Olá tudo bem? Excelente seu post, parabens! Mas gostaria de perguntar se vc consegue entrar na Internet com seu Kindle (o mais antigo), pois tambem tenho ele, já tentei varias vezes e não conecta de jeito nenhum. Obrigada!

anna v. disse...

Daqui a pouco preciso fazer um post follow-up deste, já que a Amazon começou a operar em dezembro.
Este comentário é só para responder o "englishnow": sim, consigo conectar com o Kindle antigo numa boa, de qualquer lugar (é o modelo 3G). Teve uma época que estava com dificuldade, entrei em contato com o SAC deles que me instruiu rapidamente na mudança de algumas configurações e tudo voltou a funcionar perfeitamente.
Mais um ponto pra Amazon!

LB disse...

Olá Anna,
Sou de Porugal, Lisboa. Gostei de ler essa experiência e partilho do interesse pelos eBooks pela facilidade e disponibilidade que oferecem.
Vim parar a este seu blog numa busca do google (do livro 2666 do Bolaño em formato eBook em português...).
Partilho da raiva de comprar eBooks e bater em problemas técnicos e que só dificultam quem quer legalmente adquirir eBooks...
Duas notas relativamente às compras de eBooks no Brasil para quem está deste lado do Atlântico. (1) Confirmo que não é possível comprar nas várias lojas, seja por questões de Cartão de Crédito internacional (Gato Sabido), de cadastramento (Saraiva, um autêntico pincel), ou mais recentemente por copyrights (amazom.com.br).
Esta última razão é deveras irritante pois não permite comprar livros em Português no Brasil para quem está em outro mercado (neste caso Portugal) que fala português. E sou cliente da Amazon.com desde 1997...
Outro ponto (2) é que apesar destas barreiras quasi intransponíveis, eu comprei 4 livros na Gato Sabido mesmo com a restrição confirmada por eles de não poder usar o meu CC (usei um dos outros métodos de pagamento ;-)
No caso da amazon.com.br para aqueles que estão fora do Brasil, há duas coisas que juntas, possivelmente, poderão funcionar para poder comprar livros lá: a) usar um proxy no Brasil (site que desvia o tráfego 'fintando' a validação por IP local) e b) criar uma conta na amazom.com.br pois senão o site vai dizer que devem ir pela, p.e. amazom.com.
Para finalizar esta minha experiência de compra de eBooks, também compro na leyaonline.pt em Portugal. Alguém no Brasil comsegue fazê-lo?
Em TODOS os casos a primeira coisa que faço é retirar o tal de @#%?!DRM (via plugin no Calibre). E depois se quero ler no tablet converto para .mobi, senão copio diretamente para o Kobo Glo que me ofereceram no Natal, e que é um bom leitor.
Pela esperiência da APP Kindle para Android, acho no entanto o kindle app melhor em termos de usabilidade. Mas para já, porque agora tenho o Kobo, não vou comprar nenhum kindle.
O que eu aconselho para quem compre eBooks em qualquer sítio é instalar o ADE no PC (para epub) e depois via Calibre retirar o DRM e converter (se for o caso) para o leitor pretendido.
Abç,
/LB