A única coisa que presta no verão é, como descobriu recentemente a Frida Monix, ir à praia no fim de tarde/noite. Isso é bom mesmo.
Mas fora isso, verão carioca é:
- Acordar no meio da madrugada para entrar debaixo do chuveiro, tomar uma ducha, e depois voltar pra cama - sem se secar muito.
- Tomar no mínimo 3 banhos diários.
- Chegar em casa louca pra tomar banho e constatar que a água fria está morna, porque a caixa d'água passou o dia inteiro cozinhando ao sol.
- Sair do banho e, ainda enrolada na toalha, enquanto penteia o cabelo em frente ao espelho, sentir o suor já escorrendo pelas costas.
- Sentir o cabelo grudando na nuca.
- Ficar meia hora sem fazer nada, com o rosto a 3cm do circulador de ar.
- Sair na rua e sentir que o ar, de tão espesso, pode ser cortado a faca.
- Entrar subitamente num banco, só pra sentir o ar condicionado.
- Sair para tomar um chope à noite e constatar que, à uma da manhã, a temperatura é 35ºC.
- Aprender o significado da palavra canícula.
- Constatar que a indústria nacional não dá conta de produzir mais ar-condicionados.
- Ver a conta de luz chegar à estratosfera.
- Ir ligando os ventiladores de teto conforme muda de cômodo.
- Conviver com os bichos do calor: baratas, mosquitos da dengue, bichinhos da luz.
No mais, refresquemo-nos assistindo à inesquecível sequência inicial de Do The Right Thing, de Spike Lee -- a do banho de hidrante:
Um comentário:
Duas!
Postar um comentário