29.2.12

Devagar vou/não vou longe

Não dá para dizer que eu seja uma pessoa sem paciência para projetos de longo prazo. Eu tenho saco e até mesmo disposição para os empreendimentos grandes e sacais, que para mim costumam parecer, polianicamente, desafios. Grandes compilações, sistematizações de itens, organizações de toneladas de dados, de alguma forma eu sempre consigo visualizar a luz no fim do túnel dessas tarefas antes mesmo de começá-las, e sei que neste ponto sou diferente da maioria.

Por outro lado, percebi que não tenho paciência para longos processos. Projetos sim, processos não. Por exemplo, não tenho o menor saco para acompanhar o noticiário político em ano eleitoral, ver as alianças e desavenças se delineando, observar o movimento dos partidos e de seus protagonistas etc. Tem gente que vibra porque justamente consegue visualizar aonde aquilo tudo vai dar, ou pelo menos fechar em algumas possibilidades. Eu não. Mas acho incrível quando chega a hora de eleição e posso vivenciar o resultado de todo o processo. Além disso, adoro ler livros que abordam esse assunto em retrospecto. Livros sobre a política brasileira, biografias de figuras políticas, acho delicioso. Acompanhar de grão em grão, no momento mesmo em que a história está se construindo, não consigo.

Da mesma forma que tenho cada vez menos saco para acompanhar campeonatos de futebol. Todos que acompanham o blogue sabem que adoro futebol, mas francamente, não aguento ter de assistir tantos jogos que vão, de grão em grão, construindo um desfecho. O processo me entedia, ainda que o jogo me fascine. Então fico querendo só assistir jogos decisivos, de vida ou morte. Ou acompanhar torneios muito curtos e intensos, como a copa do mundo. Mas esses campeonatos de meses de duração, não me peça.

Tudo isso deve querer dizer alguma coisa, que no momento preciso me escapa.

Um comentário:

Anunciação disse...

Principalmente essas coisas políticas;para mim é um emaranhado sem sentido.