1.8.08

"Papai, não corra na estrada!"

É um horror a campanha de prevenção de acidentes que o governo do estado faz no Rio de Janeiro. Tem um outdoor assim: o maior close do rosto de um menininho lourinho olhando pra cima, com lágrimas escorrendo. Aí o texto:
Eu só queria dizer Eu te amo
Mas você não voltou
Aí do outro lado tem uma foto, muito menor do que a do menino chorando, que não dá pra ver direito o que é. Anteontem eu passei a pé e vi o cartaz, e só então entendi que a foto é de um carro totalmente destruído num acidente. A coisa foi tão sinistra que mal dá pra ver que é um carro. De modos que o motorista que passa não entende que aquilo é uma mensagem pra ele.
Mas pior ainda são outras plaquinhas espalhadas pela rua (na Jardim Botânico tem montes), dizendo que, em tal ano, naquela via, houve X acidentes. Só que. O cartaz é mínimo. Tem texto à beça. Com uma letra bem miúda. Ou seja: o motorista que parar para ler corre o sério risco de bater. Não é genial?

Ah: a frase do título. Foi meu primeiro trabalho. Eu tinha uns 4 anos. E fui gravar um spot de rádio. Era uma campanha desse tipo, e eu dizia essa frase, "Papai, não corra na estrada". Meu primeiro cachê. Minha Moedinha nº 1 do Tio Patinhas.
:-)

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