2 dentes a menos, devo até ter perdido alguns gramas, o que não seria má ideia. Há que se reconhecer que o dentista é um craque. Liquidou a fatura em meia hora, e nem senti quase dor. Tá certo que me custou uma grana, mas perto dos relatos que ouvi por aí, valeu cada real. E ainda saímos do consultório debaixo do tremendo dilúvio que caiu na sexta-feira. O ruim mesmo é o day after. Os days afters. Estou no terceiro dia sem comer sólidos, e quase sem falar. Comprei litros de sorvete, que é bom para aliviar, mas só porque posso e devo comer, estou com vontade zero. Sexta e sábado fiquei na base no bloquinho com caneta para me comunicar. Lembrei de um filme ruim desses, com o Brad Pitt ridículo de cabelos super compridos fazendo papel de filho do Anthony Hopkins, patriarca fazendeiro que sofre um derrame, não consegue mais falar, e aí anda com um mini-quadro-negro pendurado no pescoço, onde ele escreve umas palavras com giz. Ok, eu estou um pouco melhor do que isso, mas enfim, lembrei. Mathilde passou o final de semana zanzando por aí, na casa da bisa, depois na casa da vó, e voltou pra casa ontem à noite toda fofa, dizendo Mamãe tá dodói e fazendo carinho. E eu passei o final de semana todo em casa, com saco de gelo encostado nas bochechas, livros, filmes e o sorvete que quase não tomei. Na sexta passei na locadora e aluguei 4 filmes. O atendente disse que teria que atualizar meu cadastro porque eu não alugava nada desde janeiro de 2008. Pois é, eu disse, em janeiro de 2008 nasceu minha filha. Ele não entendeu bem, só disse "Ah!", e não se estendeu no assunto -- nem eu queria. Mas enfim. A parte boa é que como nesses dois últimos anos praticamente não fui ao cinema nem assisti nada em casa, tinha um monte de filme que eu queria ver, e nem estavam mais na parte de Super Lançamentos, nem mesmo Lançamentos. Estavam lá atrás, em Catálogo, que ainda por cima é mais baratinho. E estou lendo muito também, é claro. No fim de semana terminei o segundo volume da trilogia Millenium, do Stieg Larsson. Gostei bem mais do vol. 1 (Os homens que não amavam as mulheres, título péssimo), mas o 2 (A menina que brincava com fogo) não é ruim, só não é tão bom quanto o 1. Engatei no thriller-mode e agora estou lendo A Farsa, que é bom, mas no fundo não gosto tanto desses thrillers sobre ogivas nucleares e terroristas iranianos. Gosto muito mais dos psicopatas e assassinos movidos por motivos vis, sem esses ideais políticos todos.
Então tá. Mais um dia quietinha.
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3 comentários:
Que bom que você está se recuperando bem, apesar das histórias de terror que ouviu. Mas, sabe, como é engraçado o organismo de cada um. Eu extraí oito dentes de uma só vez. Oito. Pouca boca para tanto dente. O primeiro, um siso inclinado, foi um verdadeiro horror. Horror, horror, nem posso me lembrar. Mas os outros sete, manteiga! Um dia ruim, na manhã seguinte acordei ótima, doidinha para pegar meu carro e bater rodas(?) por aí.
Caraca, oito dentes! Nem consigo imaginar. Mas fico contente em saber que você sobreviveu para contar essa história.
Rsrsrs
Por que foi mesmo que comentei isso aqui? O_O
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