17.9.06

As boas notícias da semana

(Via Síndrome de Estocolmo) Que a prefeitura de Madri proibiu, no Fashion Week de lá, o desfile de modelos com índice de massa corporal menor do que o considerado saudável. Palmas, palmas! Juro que não é desforra de quem vive brigando com a balança. Mas esse modelo anoréxico de beleza -- 1,78m, 43 kg -- já passou do ridículo há muito tempo. Não teve um estilista em São Paulo que num desfile, em vez de modelos, usou cabides? Então. Eu vejo que está tudo muito errado quando vou a uma loja e quero comprar uma blusinha tamanho G. Nunca tem. Todas já acabaram. Quando dou sorte consigo uma M, que serve. E as P estão tooooodas lá. Sempre. Conclusão: ou as pessoas tamanho P são muito pobres e não podem comprar roupas, ou simplesmente não tem tanta gente P no mundo, ou então o tamanho P deveria ser M, e por aí vai.

(Via Biscoito Fino e a Massa) Que a Cristina Almeida, candidata ao Senado pelo Amapá, subiu onze pontos nas pesquisas, segundo o Ibope, e se aproxima de Sarney. Ah, que bela notícia. Seria realmente lindo se ela ganhasse. E o mais maneiro é esse sentimento "O Amapá é aqui" que rola. Ah, a internet me deixa com lágrimas nos olhos, eu sempre choro com essas coisas sentimentais do Brasil...

(Via Blowg) A entrevista da Jandira Feghali no site do Sidney Rezende, falando da sua luta pela legalização do aborto no Brasil. A boa notícia nisso tudo (expressa nos posts da Marina e nos comentários no site do Sidney) é que finalmente o tema é abordado com mais inteligência: ninguém é "a favor do aborto", óbvio que não. As pessoas (inclusive eu, claro) são a favor da legalização do aborto. Porque quem quer fazer um aborto vai fazer de qualquer maneira. É meio difícil defender a vida "dos fetos", eles vão morrer de um jeito ou de outro. A luta é pela vida das mães, para que elas tenham mais chance de sobreviver depois dessa cirurugia que -- de novo -- ninguém faz feliz e contente. Eu ia votar na Jandira para o Senado só como voto útil (contra o inominável Dornelles -- que eu, ignorante, achava até que já tinha morrido), agora estou mais contentinha.

2 comentários:

Anônimo disse...

Minha mulher vive falando desse negócio de tamanho de roupa. E ela é magra. Ah, acho que vc quis dizer "M deveria ser P", não?

anna v. disse...

Mas eu acho que a discussão evoluiu justamente porque ultrapassou esse ponto que vc falou. Não se trata se a mulher "deve" ou não fazer aborto, se é "melhor" ou não. Já podemos partir do princípio que NÃO é uma decisão simples e corriqueira. Mas se a decisão for por fazer o aborto, ele vai ser feito de qq maneira. E então, que ao menos seja maior a chance de a mãe sobreviver.