E não é que o idiota olímpico se estabacou e não ganhou nada?
E não, não foi o meu olhar de seca-pimenteira, não.
.
Espero que estejam preparados para viver o momento "Brasil, o país dos 50m livres". (Mas eu torci, apesar de achar meio ridícula essa coisa de prova que dura só uns segundos.)
.
Hoje vi o final da maratona feminina. Ganhou uma romena de 38 anos. 38 anos! 42 quilômetros! Eu sou mesmo uma inútil.
.
Deve ter passado por aí a famosa imagem acima, da maratona feminina da olimpíada de 1984, uma suíça que vem cambaleando, sem se agüentar em pé, até a linha de chegada, e depois de cruzar a linha é carregada pelos médicos. Sabem qual é? Uma imagem sempre usada para ilustrar o caráter de superação do esporte, a grandeza das olimpíadas, yadda yadda yadda. Eu não poderia discordar mais frontalmente. Para mim aquilo é o exemplo acabado de uma irresponsabilidade, de alguém que obviamente não estava preparada para correr 42 km debaixo de sol e calor, e nunca nem deveria ter se classificado pra olimpíada nenhuma. Ora bolas.
.
4 comentários:
...e eu já vi uma reportagem com essa pessoa ai dizendo que ODEIA essa coisa da imagem dela sempre ser usada e tal. Ela ODEIA tudo isso e se esconde num cantão suíço trabalhando atrás de um balcão de hotel...
Ela quase inútil como qualquer uma de nós,resolveu que podia provar o contrário e se arrepende amargamente até.É uma imagem que não deveria se repetir;deprimente demais.Na hora que o Diego caiu eu disse:ah,coitado,e me lembrei de você.
Ana Valéria, hahaha, sensacional. Confesso que nunca tinha parado para pensar que essa mulher existe até hoje. Coitada mesmo, hein.
Anunciação, é mesmo. Mas a romena de 38 anos arrasou, né? Sei lá, acho que ela tem a maior cara de "mulher curtida pela vida", sabe? Tipo, 5 filhos pra criar, trabalha na fábrica em Bucareste, o marido é um boçal que fica em frente à TV bebendo cerveja enquanto ela se mata pra fazer o jantar e lavar toda a roupa suja, e ainda cuidar da mãe doente, etc. O filme todo veio na minha cabeça quando a vi ganhando a maratona.
Essa moça suíça teve problemas de saúde seríssimos por conta do esforço excessivo. Ficou desidratada, teve hipertermia, ficou hemiplégica, o escambal, nunca mais conseguiu se recuperar completamente e teve que largar a vida de atleta.
Hoje em dia, tem novas regras nas olimpíadas. A equipe médica é obrigada a retirar um atleta do meio da prova se ele começar a exibir certos sintomas, como desequilíbrio por exemplo.
Postar um comentário