7.11.06

Lullaby

Matisse, "Sleeping model"

— Mãe, não consigo dormir.
— Chama o sono que ele vem.
— Sonooo!
— Não, filha, tem que fechar os olhos e chamar em silêncio. Só assim que o sono vem.

Para onde vai o sono das horas que eu não durmo?
Em que recanto se armazena todo o sono perdido enquanto me viro na cama, os olhos cansados, o corpo pesado, sem encontrar conforto?
Quisera conhecer esse depósito do sono desperdiçado, esconderijo de sonhos tranqüilos, paraíso dos insones.

5 comentários:

Túlio disse...

tenho uma eterna diivida com o sono, ele nunca esta quando o mais preciso

Carrie, a Estranha disse...

Minha mãe falava pra eu pensar no Capitão do Sono. Ele ia vindo num mar azul, calmo e tranquilo. Minha mãe ia falando, com voz mansa e suave e eu ia ficando relaxada e dormia.

Hoje em dia não adianta muito.

Pra onde vão as horas de sono não dormidas? As palavras que não foram ditas? As vontades não realizadas? Os amores interrompidos? Acho q pro mesmo lugar pra onde vão os guarda chuvas perdidos e os elásticos de cabelo.

Túlio disse...

ps... adoro a palavra lullaby, deve ser culpas dos beatles e golden slumbers.

Anônimo disse...

E as meias, né Carrie? hehehe

bom, eu nunca tive insonia. Sempre dormi como uma pedra. Mas ultimamente to assim, dormindo pouco e mal. Outras noites nem durmo, mesmo estando cansada e com sono. Que horror. Não sei o que acontece.

Biajoni disse...

:>)