30.10.06
Votar pra presidente - III
Sol, calor e engarrafamento. Fui votar, como sempre, ao lado das madames decadentes da Selva da Pedra e dos pretos e pobres da Cruzada. É sempre assim, isso aqui ô-ô, é um pouquinho de Brasil, iaiá, etc. O mesário deve ter uns 17 anos, e não parece entusiasmado com a festa da democracia. O voto leva uns dez segundos, e desta vez não me emociono. No fim da tarde passamos no Rio Sul e ficamos vinte e cinco minutos para encontrar uma vaga. Quando saímos, menos de uma hora depois, sobravam tantas vagas que poderíamos escolher, se fosse o caso. À noite, cervejinha e a resenha eleitoral com M. e P. Comemoramos a derrota da Roseana Sarney, mas só até lembrar que, como prêmio de consolação pela derrota, talvez ela vire ministra ou coisa parecida, e os nossos sorrisos ficam amarelos. Ouvimos o discurso do presidente reeleito no rádio enquanto comemos biscoitos de polvilho. Lembrar esse mesmo momento, quatro anos atrás, é estranho e meio triste. Ontem, éramos todos eleitores do Lula, e no entanto preferíamos discutir o que vai ser no réveillon.
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5 comentários:
Anna
No seu primeiro discurso, depois da vitória, Lula disse que o Brasil mandou um recado para os companheiros da legenda da qual ele foi fundador. "Não temos o direito ético, moral e político de cometer erros daqui para frente. Não temos o direito". Será que está sendo sincero?
Um abraço
Marco Aurélio
Marco Aurélio, não sei. Ele falou, na posse do primeiro mandato, que se tinha uma pessoa que não podia errar, era ele. Deu no que deu, né? Pode até estar sendo sincero, mas não está sendo realista.
só lamento o Lula
então né... difícil ser liberal nestas plagas. mas rir ainda é o melhor remédio:
http://nonsense.nominimo.com.br/?p=420
Pelo amor de Deus,vira essa boca pra lá.Rosengana ministra,não?Agora eu é que digo:presidente,por favor!
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