7.12.06

Matrimoniais


Minha professora de Pilates é de Barra Mansa, mas de família mineira, e como todo bom mineiro, fala pelos cotovelos. Ontem o assunto era o casamento dela. Contou que o vestido de noiva que ela alugou tinha sido usado na mesma semana por outra noiva, e quando ela foi na loja ainda não tinha sido lavado, e estava imundo e com a barra toda rasgada, e ela quase desmaiou quando viu. E que no mesmo dia ia ter outro casamento, mais tarde, então o normal era que ela e a outra noiva dividissem o custo das flores que enfeitariam a igreja, mas a outra noiva queria colocar flores de plástico, porque era muito mais barato, e era uma noiva muito humilde, que trabalhava como manicure e tinha trocado aquelas flores de plástico por não sei quantos pés-e-mãos com a dona da loja. Então ela acabou pagando quase tudo sozinha, para ter as flores naturais. E de como se endividou sobremaneira por causa da festa e dessa louca indústria de buquês, calígrafos, convites, lembrancinhas e bom-bocados. Que em cima da hora descobriu que o padre estava de férias (!) e saiu xingando tudo e todos na igreja, para indignação total da mãe, super católica. Aproveitando a deixa, a outra aluna, que casou em Volta Redonda, disse que no casamento dela o padre não aparecia, e que o sacristão ou sei-lá-o-que da igreja falou para ela, com a maior calma do mundo, “não sei se ele vem, não, você não tem o telefone dele?”, como se ela fosse sacar do bolso do vestido de noiva um papelzinho com o telefone do padre! E enfim o padre chegou, meia hora depois da noiva, e que ela casou muito puta e no maior estresse.

Sinceramente, a pessoa não precisa passar por tudo isso na vida para ser feliz.

8 comentários:

Anônimo disse...

É por isso que eu digo que no meu casamento vai ter brigadeiro de panela, eu vou de véu, grinalda e camiseta hering, e no final, todo mundo na piscina. :D

Pode até ser desnecessária, mas uma festa assim NÃO É ESTRESSANTE!

Eduardo Rodrigues disse...

Casei em outubro. Fizemos uma festa no Teatro Odisséia, com DJ tocando rock e samba, chope e caipirinha pro povo beber e carne seca, pastéis e couverts pra galera encher a pança. Nada de juiz, nada de padre, flores caras, nem estresse.

Adorei meu casamento, minha mulher também. Acho que isso que importa. Protocolo sucks! Seguir tradições só por seguir, mais ainda...

anna v. disse...

Pois é isso que eu acho também, Menina-Prodígio e Eduardo. A celebração é totalmente válida, mas essa piração casamentícia é que não dá.
Eduardo, só faltava você e sua mulher serem um daqueles casais que se casam na Loud!...

Anônimo disse...

essa coisa de casamento, noivados, anelzinho, pedido de noivado, pedido de casamento, bolo de noiva, chá de panela e enxoval, lista de noiva, convite, lembrancinha, lua de mel, docinho, vestido de madrinha, aia, dama de honra, fotos bregas, em pleno século XXI é algo que eu não escapa ao meu entendimento, principalmente qdo eu vejo gente economizando até na passagem de ônibus e fazendo todo esse ritual tribal, eu simplesmente não tenho a menor paciência :-) Beijocas.

anna v. disse...

Ana Lucia, onde anda você, que seu blog sumiu e seu perfil não está disponível?!
Em tempo, eu tb não entendo mesmo (tipo: as pessoas se endividam! caraca!), mas procuro colocar na minha cabeça que as pessoas têm sonhos diferentes dos meus. Mas volta e meia eu dou uns foras com a minha sinceridade espontânea e às vezes indesejada. Oh well.

luizgusmao disse...

é... vaidade não combina com felicidade.

Anônimo disse...

anna eu mudei de endereço e o meu antigo endereço foi ocupado por alguém que deve me amar muito :-), eu nao tava conseguindo me conectar, o endereço tah aqui no perfil. Beijocas

Carrie, a Estranha disse...

Volta Redonda e Barra Mansa são locais estraaaaanhos!