19.10.06
O eu profundo e outros eus
Relendo o post anterior, a parte em que meu corpo me agradece a atenção dispensada, lembrei de uma passagem de um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, "O Inquilino", do Polanski. A cena é com ele e a Isabelle Adjani, os dois bêbados, na casa dele, ela louca pra dar para ele, e lá pelas tantas ele se joga na cama e começa a filosofar:
Se eu cortasse o meu braço, não teria dúvidas: estaria eu aqui, e meu braço lá.
Se cortasse minhas pernas, seríamos: eu e minhas pernas.
Mas se eu cortasse a minha cabeça, seria eu e minha cabeça, ou eu e meu corpo? Quem tem, na verdade, o direito de se chamar de "eu"? A cabeça? Ou o corpo?
A cena exata é essa da foto, tirada de www.festival-larochelle.org/html/visuels.asp
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4 comentários:
Anna, esse filme marcou e abalou a minha adolescencia. Vi no cinema. No ano passado aluguei o DVD e surtei com a diferenca no impacto que ele me causou tantos anos depois. Um filmao! beijos!
Todas as vezes que eu entro em blog pela primeira vez e gosto, eu digo: que legal teu blog! Porém, dessa vez vai ser diferente: Que demais teu blog!
Fer, nunca vi O Inquilino no cinema, mas várias vezes na televisão. Tb me marcou imensamente - como vc pode ver!
Flavio, obrigada e bem-vindo. Eu gosto muito do seu blog também.
anotado.
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